Terminou a peregrinação pelas comissões da Câmara do projeto que isenta os fabricantes de papel para imprensa do pagamento de ICMS. Agora, a proposta que pode viabilizar um investimento de US$ 550 milhões no Paraná depende do andamento da crise política em Brasília para andar. A companhia norueguesa Norske Skog quer aumentar a produção de sua fábrica de papel jornal instalada em Jaguariaíva, de 180 mil para 600 mil toneladas ao ano. Mas o projeto só sairá do papel se houver uma mudança tributária – prevista no texto em tramitação e que faz com que o produto nacional tenha o mesmo tratamento que o importado, ou seja, sem o pagamento do ICMS na cadeia produtiva.

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Em tempo

Os noruegueses têm demonstrado paciência na condução do projeto. Ele foi anunciado em 2002 e apresentado em setembro deste ano para a matriz. Agora está na condição de "adiado". Nem a desvalorização cambial assusta a empresa, que avalia a ampliação como um investimento de longo prazo. Assim que a pauta da Câmara for destrancada, o texto sobre o tema tributário estará pronto para ser votado em regime de urgência. Tudo indica que dá tempo de salvar o investimento – a menos que o governo federal envie novas medidas provisórias polêmicas, como a que institui a Super-Receita e que está entre as que trancam a pauta.

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