A expectativa de valorização no curto prazo e as boas chances de altas no futuro faz com que analistas apontem a oferta de units [pacote de ações ordinárias e preferenciais] do Santander Brasil como um bom negócio tanto para pequenos quanto para grandes investidores. A instituição pretende captar US$ 7,34 bilhões com a operação, que vem sendo considerada uma das maiores do gênero no mundo.
Qualquer investidor pessoa física pode participar desta oferta de ações. Para isso, é preciso ter uma conta investimento registrada em uma corretora da valores habilitada. Cada investidor individual poderá investir no mínimo R$ 3 mil e no máximo de R$ 300 mil. O prazo para a reserva das ações, que deve ser comunicada à corretora, começou ontem e vai até o dia 5 de outubro.
Para o analista do Paraná Banco, Leonardo Boguszewski, após o lançamento, os papéis do Santander deverão figurar entre os mais negociados na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). "A economia em recuperação vai depender bastante de crédito e todo o dinheiro captado será investido", avalia.
O assessor de investimentos e operador de mesa da Gradual Investimentos, Frederico Schmidt, diz que é impossível avaliar o comportamento dessas ações antes do lançamento, mas acredita que as perspectivas são otimistas. Segundo ele, o principal risco de uma operação como esta é inerente ao próprio mercado de ações. "Pode haver uma precificação alta no lançamento e o mercado derrubá-la posteriormente", diz.
Os analistas apontam que o lançamento dessas ações tem um peso simbólico que deve ser levado em consideração. "O mercado está voltando. Acima do dinheiro, o Santander busca visibilidade. O banco quer mostrar para o mercado brasileiro que acredita na economia do país e com isso entrar no radar dos investidores", considera Boguszewski.
