Consórcio com Petrobras, Shell, Total e chinesas vence leilão do pré-sal
O leilão do pré-sal seguiu parcialmente o roteiro esperado e apenas um consórcio apresentou proposta e obteve o direito de explorar por 35 anos o campo gigante de Libra, no pré-sal da bacia de Campos, que consumirá R$ 400 milhões em investimentos nesse período.
O consórcio vencedor é liderado por Petrobras (10%, mais os 30% obrigatórios), Shell (20%), Total (20%) e as chinesas CNPC e CNOOC (10% cada).
A diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis ANP), Magda Chambriard, disse que um sucesso maior do que o registrado nesta segunda-feira, 21, no leilão de Libra "é difícil de imaginar".
"O que aconteceu foi um sucesso absoluto que terá como resultado para o governo brasileiro um montante de R$ 1 trilhão ao longo do período de concessão", disse. Magda ressaltou que as cinco empresas que fazem parte do consórcio vencedor estão entre as maiores do mundo.
O único representante da chinesa CNOOC no leilão, Xei Ming, deixou o local sem falar com a imprensa alegando ter restrições da área de Relações com Investidores da petroleira. Ming, que chegou no domingo da China, preferiu não revelar o cargo que ocupa na CNOOC.
Já o presidente da Shell Brasil, André Araújo, disse estar "bem satisfeito" com a aquisição de participação na área de Libra. O executivo disse ser uma grande área e que a Shell poderá contribuir com o consórcio com sua experiência na exploração em águas profundas. Conforme Araújo, a ideia de parceria já estava em gestação "há algum tempo".
Nada muda
O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, afirmou que o resultado do leilão de Libra é um bom começo para os próximos leilões de áreas do pré-sal no Brasil. Ele destacou a solidez das empresas que participaram do único consórcio que apresentou proposta na licitação.
Segundo Lobão, o resultado sem ágio não trouxe frustração para o governo, que irá receber um bônus de assinatura de R$ 15 bilhões pela área de Libra.
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