A valorização do yuan não vai solucionar a questão do desequilíbrio comercial entre os Estados Unidos e a China, já que a taxa de câmbio da moeda chinesa tem pouca influência sobre o comércio, afirmou hoje Jiang Yaoping, vice-ministro de Comércio do país. O comentário foi feito no momento em que o presidente da China, Hu Jintao, se prepara para uma visita aos EUA, prevista para começar em 19 de janeiro.
O consultor para segurança nacional dos EUA, Tom Donilon, disse que os dois países deveriam trabalhar juntos para reduzir os desequilíbrios comerciais. Donilon se reuniu ontem com o ministro de Relações Exteriores da China, Yang Jiechi, e com o presidente dos EUA, Barack Obama.
Segundo Jiang, o superávit comercial da China é resultado da globalização, e não de desequilíbrios econômicos globais. Além disso, as companhias internacionais em setores como o eletrônico se beneficiam desse superávit. "As companhias internacionais são responsáveis por 80% do superávit comercial com os EUA", afirmou.
O grande superávit da China com os EUA tem gerado pedidos de autoridades norte-americanas para que o governo chinês permita uma valorização mais forte do yuan. No período de janeiro a novembro de 2010, o superávit chinês com os EUA atingiu US$ 167 3 bilhões, de acordo com dados oficiais. Enquanto isso, o yuan subiu 3,2% diante do dólar desde 19 de junho, quando a China prometeu aumentar a flexibilidade do câmbio, acabando com dois anos de fixação entre as duas moedas.
Li Lianzhong, ex-diretor do departamento de economia do escritório de pesquisa política do Partido Comunista chinês, afirmou que a China deveria usar suas reservas em moeda estrangeira para investir nos setores de recursos naturais, energia e imóveis dos EUA, o que ajudaria a aliviar as pressões inflacionárias na China e protegeria as reservas contra uma desvalorização. As informações são da Dow Jones.
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