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“O WhatsApp é um carro 1.0. O Viber é um carro 2.0, em você anda de graça”, provoca Barros | Daniel Castellano/ Gazeta do Povo
“O WhatsApp é um carro 1.0. O Viber é um carro 2.0, em você anda de graça”, provoca Barros| Foto: Daniel Castellano/ Gazeta do Povo

Dinheiro vem de stickers e ligações

Por ser totalmente gratuito para o uso convencional, o Viber baseia seu modelo de negócio na venda de stickers dentro do aplicativo – ilustrações e animações que podem ser enviadas para os amigos – e no serviço Viber Out, que permite realizar chamadas para telefones fixos e móveis.

O country manager do app no Brasil, Luiz Felipe Barros, não fornece dados sobre o quão rentável a ferramenta é, mas garante que "monetização não é um problema" – cortesia também dos amplos recursos a que o criador da marca, Talmon Marco, tem acesso, provenientes de outras empresas fundadas por ele, como a Nortex Software e a Expand Networks, uma das líderes mundiais em gerenciamento de tráfego na internet.

"Não existe na história uma empresa, com o tamanho da base de usuários que temos, que não tenha se tornado rentável. Em 2004, muitos questionavam se o Google era um produto que poderia ser rentável. E hoje é uma empresa com faturamento de US$ 40 bilhões", afirma Barros.

A disputa entre os aplicativos de trocas de mensagens pela preferência dos donos de smartphones vai se tornar ainda mais acirrada este ano – pelo menos no Brasil. O Viber, plataforma criada em 2010 pelo israelense Talmon Marco, desembarcou mês passado em São Paulo com a missão de arregimentar usuários e bater de frente com o todo poderoso WhatsApp.

O country manager (gerente local) do app no Brasil, Luiz Felipe Barros, esteve em Curitiba semana passada para buscar parcerias com empresas locais e começar a colocar em prática o plano de expansão da marca em solo brasileiro.

O escritório no país ainda conta com uma estrutura modesta – são três funcionários – e tem o foco na área de marketing. Além do Brasil, foram montadas operações locais na Índia, Filipinas e Vietnã.

"O Brasil já adotou o Viber. Temos uma base de usuários muito forte. Com a nossa chegada, pretendemos acelerar a adoção do produto e fazer com que as pessoas conheçam melhor os recursos disponíveis", afirma Barros.

A estratégia será baseada principalmente no uso de mídias digitais e no relacionamento direto com usuários. Nada de comerciais na tevê ou contratos com celebridades, adianta o executivo – recentemente, o WeChat, que pertence à chinesa Tencent, chamou Neymar para ser seu garoto-propaganda.

Hoje, o Viber conta com 300 milhões de usuários em todo o mundo – 10 milhões no Brasil. Números ainda distantes dos concorrentes de renome, como o WeChat, que soma 500 milhões de conectados, e o próprio WhatsApp, com sua base de 430 milhões de usuários fiéis. Mesmo assim, há espaço para crescer. Segundo cifras da empresa, 10 mil brasileiros aderem por dia ao Viber.

O principal diferencial do app é a possibilidade de efetuar ligações entre os usuários da plataforma e mesmo para telefones fixos e móveis, como no Skype, com tarifas menores do que as oferecidas por empresas de telefonia. Além disso, o aplicativo também tem versões para desktop e tablets – sistemas ainda inacessíveis para o WhatsApp, por exemplo. O download é gratuito, assim como a troca de mensagens e ligações de Viber para Viber.

Recursos que, defende Barros, tornam o app mais "completo" do que seu principal concorrente. "O WhatsApp é um aplicativo bom, mas bem básico. Já o Viber não te limita, não te deixa preso no celular. O WhatsApp é um carro 1.0 que funciona bem e você tem que eventualmente pagar. O Viber é um carro 2.0, com ar condicionado, direção hidráulica e câmbio automático, em que você anda de graça", alfineta o executivo.

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