A produção de açúcar não terá um único centavo de investimento público. O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, informou que o crédito oficial para o açúcar vai acabar, como parte da política de incentivo à produção de etanol. "Não somos contra o açúcar, mas somos mais a favor do etanol neste momento", disse o ministro. "É uma questão estratégica de atender ao interesse nacional de produzir etanol, para que não haja desabastecimento e os preços não se elevem", acrescentou.

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A decisão reflete a preocupação do governo de não permitir que se repita em 2012 o cenário do início deste ano, quando a escassez do produto pressionou o valor dos combustíveis, colaborando para acelerar os índices de preços, o que forçou o Banco Central a elevar os juros. O ministro afirma que não chegou a haver desabastecimento, "nem haverá", mas admite que os preços subiram muito, com repercussão na inflação.

O governo também vai abrir uma linha de crédito no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para atender os produtores de etanol "na medida exata da necessidade desses produtores". Não haverá limite de recursos pré-fixado para garantir o aumento da produção do etanol.

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Outra medida do governo será a formação de um estoque regulador de 30 dias. O governo acredita que um mês é prazo suficiente para manter a demanda sob controle. Os distribuidores é que têm de estocar, mas hoje eles só têm capacidade para armazenar por cinco dias, enquanto a capacidade de estocagem da Petrobras é de 15 dias.

Atualmente, só os produtores é que têm condições de estocar por seis meses o etanol. Diante disso, a solução do governo para contornar o problema da falta de estrutura física dos distribuidores é precisamente o uso da estrutura dos produtores. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.