A empresa de auditoria PricewaterhouseCoopers (PwC) exigiu à Petrobras que consulte os órgãos reguladores do mercado financeiro do Brasil e Estados Unidos - CVM e SEC, respectivamente - sobre o melhor método de cálculo do sobrepreço do seu patrimônio decorrente da corrupção.

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Essa foi a única exigência feita durante a reunião do conselho de administração da empresa, na última terça-feira (27), para que finalmente, faça a auditoria do resultado financeiro da petroleira de 2014, o que deve acontecer até 30 de abril.

Os dois órgãos reguladores devem ajudar a Petrobras a chegar a um consenso sobre como dimensionar o rombo que o superfaturamento de projetos, denunciado à Polícia Federal na Operação Lava Jato, causou em seu patrimônio.

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A estimativa de R$ 88 bilhões de perdas não agradou a nenhum dos conselheiros e até a consultoria independente, responsável pelo cálculo, admitiu que o número pode ter sido superestimado.

Convencidos de que as perdas não são tão grandes, porém divergentes sobre a divulgação ou não da estimativa apresentada pelas consultorias, os conselheiros da Petrobras racharam em dois grupos opostos.

Os representantes da União, acionista majoritária, liderado pelo ex-ministro da Fazenda e presidente do conselho, Guido Mantega, votaram por não trazê-lo a público. A presidente da companhia, Graça Foster, e os representantes dos acionistas minoritários e dos empregados, insistiram na divulgação de toda informação de relevância para os investidores. Após horas de discussão, venceu o grupo que defendia a transparência das informações.

A Petrobras passou a quarta-feira enviando esclarecimentos sobre o balanço para a CVM e a SEC. A estratégia da estatal é mostrar transparência e se antecipar a qualquer tipo de cobrança explicando, por exemplo, porque optou por adiar a divulgação de baixas contábeis referentes ao superfaturamento de projetos.

A postura proativa (e preventiva) da petroleira pretende evitar maiores turbulências caso os órgãos reguladores fizessem exigências de informações.

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