
A economia americana continuou a se expandir entre meados de julho e o mês passado, mas com "sinais generalizados de desaceleração", afirmou ontem o Fed o banco central dos EUA. Segundo o Livro Bege, um relatório periódico feito pelo Fed sobre a situação da economia americana, 7 dos 12 distritos monitorados pela instituição relataram condições melhores em suas respectivas regiões.
O crescimento econômico moderado foi sentido no oeste de St. Louis, Minneapolis, Kansas City, Dallas e São Francisco. Os relatórios de Boston e Cleveland também apontam para uma evolução positiva ou melhoria em comparação com o período anterior. Já os sinais de desaceleração da economia norte-americana continuaram a ser sentidos durante o período de julho até o fim de agosto nas cinco regiões restantes. Os distritos de Nova York, Filadélfia, Richmond, Atlanta e Chicago aprensentaram condições sem direção definida (oscilando desaceleração na atividade econômica e melhoria no ritmo), o que, segundo o Fed, configura uma recuperação ainda lenta em comparação com aos períodos anteriores.
Na avaliação do banco, o consumidor continua limitando seus gastos a compras essenciais, o que demonstra uma mudança de postura de consumo, conforme já havia anunciado o indicador Michigan Sentiment.
O atual relato do Fed já mostra uma diferença acentuada em relação ao anterior, para o período de junho e julho. Na ocasião, a autoridade monetária afirmou que a "atividade econômica tem continuado a subir". O Livro Bege divulgado ontem reitera a posição do Fed de que a recuperação da crise perdeu força, mas que a economia não voltou a se contrair. Em junho, o presidente do BC, Ben Bernanke, afirmou que as "pré-condições para a retomada do crescimento em 2011 parecem estar no lugar".
Os dados mais recentes sobre a economia dos EUA têm aumentado os temores de que a recuperação possa estar perdendo força. O setor de construção, por exemplo, continua com problemas. O presidente Barack Obama afirmou ontem que a retomada vem sendo "dolorosamente lenta" e pediu para que o Congresso aprove medidas de corte de impostos para a classe média e para as empresas, e também autorize a alta de tributos para os mais ricos.
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