Ao chegar à primeira reunião entre sindicalistas e governo para negociar o reajuste do salário mínimo em 2007, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, voltou a defender o valor de 367 reais.
Mas o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, afirmou que os trabalhadores pressionarão por um aumento para 420 reais. Atualmente, o salário mínimo corresponde a 350 reais.
``Trezentos e sessenta e sete reais é conversa de Guido Mantega, ele é uma voz isolada no governo'', afirmou Paulinho a jornalistas ao chegar ao Ministério do Trabalho para o encontro.
O sindicalista disse ainda que defenderá um reajuste de 7,7 por cento para a tabela do Imposto de Renda no ano que vem.
Mantega rebateu, no entanto, que ``não há possibilidade'' de o governo elevar a tabela acima dos 3 por cento negociados com o Congresso. O aumento já representa uma renúncia fiscal de 800 milhões de reais, afirmou o ministro.
``Já chegamos num ponto limite'', disse Mantega.
Ele reafirmou que o valor de 367 reais representaria a correção do salário pela inflação mais a variação do Produto Interno Bruto per capita.
Mantega disse que a elevação do mínimo para 367 reais, prevista na proposta orçamentária encaminhada pelo governo ao Congresso, representaria um aumento real superior à variação do PIB.
``Isso vai impactar as contas da Previdência'', disse o ministro ao justificar a defesa de um reajuste menor.
Paulinho da Força Sindical disse esperar que o encontro desta quinta-feira seja apenas uma conversa inicial e que uma nova reunião seja marcada para a próxima semana.
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