O presidente da Gol, Paulo Sérgio Kakinoff, afirmou que o aumento de custos em função da desvalorização cambial coloca as empresas do setor aéreo numa faixa de prejuízo cuja recuperação levará “de um a dois anos”. Em evento com jornalistas, o executivo destacou que, no Brasil, a variação cambial afeta os custos totais das companhias aéreas, uma vez que os gastos com querosene de aviação, leasing de aeronaves e manutenção de motores são dolarizados.
“No caso do Brasil, essa soma varia de 50% a 55% dos custos totais”, disse Kakinoff, destacando ainda que nos últimos 18 meses a variação cambial atingiu 60%. “Cinquenta por cento dos custos aumentaram 60% por causa da variação cambial. Isso dá uma boa ideia de como esse momento de instabilidade afeta o setor”, disse Kakinoff.
Segundo o presidente da Gol, a faixa de um a dois anos para a recuperação do setor em função do aumento de custos corresponde ao período necessário para a racionalização dos voos, com redução da oferta e acomodação da demanda menor. “A demanda cai, menos passageiros voam, menos voos são necessários”, ressaltou.
O executivo ainda destacou que o aumento nos custos para a companhia inevitavelmente deve ser repassado para a tarifa, mas afirmou que não é possível determinar a maneira como esse repasse será feito. “Como não é possível prever o que vai acontecer com o câmbio, não posso precisar quando, como e em quanto esse impacto de custo vai ser transferido para a tarifa”, disse.
Kakinoff também salientou que, em relação à redução da oferta, a Gol não reduziu a quantidade de destinos atendidos. “Não pretendemos reduzir, considerando o cenário econômico atual - pode ser que ele se agrave”, afirmou o presidente da companhia, ressaltando que a única medida anunciada nesse momento foi a previsão de que a Gol deverá ter neste ano uma quantidade de assento/quilômetro entre 1% e 1,5% menor que no ano passado. “Nas localidades que nós temos, por exemplo, sete voos diários, teremos apenas seis.”
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