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Os produtores de algodão defenderam hoje (6) em Brasília uma nova política governamental de garantia de preço mínimo. A justificativa apresentada pelo novo presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Sérgio De Marco, é que o setor é o segundo maior gerador de empregos do país, depois da construção civil, e "pode garantir, em muitos momentos, na flutuação de mercado, mais rentabilidade que a própria soja".

A sugestão do representante do setor é que o governo ofereça um novo instrumento de garantia para as vendas futuras. "O governo sempre apoiou os cotonicultores", reconheceu De Marco, apontando que o ideal seria uma intervenção oficial nesse setor, em caso de necessidade, de acordo com a situação de mercado.

Para o presidente da Abrapa, só a garantia de sustentabilidade pode estimular o produtor a investir mais. O setor tem o custo de produção mais alto do agronegócio, equipamentos e usinas de beneficiamento envolvem custos muito elevados e, além disso, precisa trabalhar com previsibilidade e segurança para fechar negócios antecipadamente.

No momento, os produtores querem aumentar a área plantada, a fim de superar os prejuízos que tiveram em anos anteriores. "Se [os cotonicultores] tiverem apoio do governo, não vão se arrepender", disse De Marco.

O Brasil é o quarto maior exportador de algodão do mundo e o quinto maior produtor mundial. A cadeia produtiva do algodão gera no país entre 50 mil e 60 mil empregos no setor primário; 1,7 milhão de empregos diretos na indústria e 30 milhões de ocupações indiretas, de acordo com dados da Abrapa.

Da safra deste ano, prevista em 1,8 milhão de toneladas, cerca de 1,1 milhão de toneladas foram vendidos com antecedência e, segundo o presidente da Abrapa, é provável que mais da metade da produção atenda ao mercado interno.

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