Brasília O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse ontem que as reservas no patamar de US$ 100 bilhões são uma vacina contra turbulências internacionais. "Eu comemoro os US$ 100 bilhões porque dão uma vacina contra turbulências", afirmou o ministro. Segundo ele, se fosse no passado, quando o Brasil não tinha reservas deste tamanho e um superávit comercial elevado, a turbulência vivida nos mercados na terça "teria derrubado a gente".
Ontem, as reservas internacionais chegaram a US$ 100,36 bilhões. Desde outubro do ano passado elas estão em níveis recordes. Já o superávit primário no acumulado dos últimos 12 meses está em 4,79% do Produto Interno Bruto (PIB), acima da meta de 4,25%.
Para o ministro, as reservas deixam o Brasil mais resistente a choques externos e que o custo de manter esses recursos está em queda com a redução do risco-país. A remuneração média das reservas é de 5% ano, bem abaixo do custo de emissão dos títulos da dívida interna. Cerca da metade são remunerados pela Selic, hoje em 13% ao ano. Ou seja, para financiar a compra de moeda estrangeira o Brasil emite títulos da dívida interna e paga aos investidores que adquiriram esses papéis uma taxa de remuneração mais elevada do que aquela que irá remunerar as reservas internacionais.
"Os custos estão cada vez menores e temos que olhar para as vantagens. Você tem taxas de juros cada vez menores. E isso da turbulência internacional não nos afetar vale ouro", acredita o ministro.
Ele não informou se o Banco Central irá continuar a comprar reservas, mas lembrou que o estoque de moeda estrangeira do Brasil está abaixo do registrado por outras economias emergentes. "Se comparar com outros emergentes ainda pode crescer."
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast