Mantega não vê inflação de demanda
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse ontem que a economia brasileira está aquecida, mas não "superaquecida". "Na minha opinião, não identifico inflação de demanda no Brasil. A economia está aquecida, mas não superaquecida. E é preciso parar com essa paranoia de ter de subir juros. Nós vamos conseguir cumprir a meta de inflação em 2010 e 2011" , afirmou ele, ao sair de uma reunião que teve com o secretário do Tesouro norte-americano, Timothy Geithner, em Washington.
Na opinião do ministro, a economia vai continuar crescendo "moderadamente" e o risco de superaquecimento desaparecerá na medida em que haja a retirada de estímulos dados pelo governo para fazer frente à crise.
Agência Estado
O desequilíbrio econômico produzido pela relação de alto consumo americano e elevada poupança chinesa chegou ao ápice, disse ontem o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles."O desequilíbrio chegou ao limite'', afirmou no fórum promovido pelo Grupo de Líderes Empresariais (Lide) que acontece em Comandatuba, na Bahia, até sábado.
Nos últimos dias, o governo brasileiro passou a criticar diretamente a desvalorização do iuan como um problema para o sistema econômico mundial, permitindo à China exportar e poupar com mais facilidade.
A acusação da desvalorização artificial da moeda chinesa é historicamente feita pelos EUA e, até recentemente, o Brasil não se posicionava diretamente a respeito desse tema. Se o país asiático "vai ou não desvalorizar sua moeda será uma questão importante no G20'', afirmou, para, logo depois, destacar o Brasil como "líder nas discussões da reforma do sistema financeiro internacional''.
Sobre a valorização do real diante do dólar, Meirelles disse que "muitos apostadores'' perderam dinheiro investindo num aumento da moeda brasileira em relação à americana. Segundo ele, o real não faz mais parte do grupo "vulnerável'' de moedas, e sim do conjunto de países exportadores de commodities.
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