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O empresário Luiz Bittencourt, diretor da Fox Express, empresa de entregas rápidas por motos, reclama que o setor sofre com a falta de formalidade. "De mil empresas registradas na Junta Comercial, apenas 20 são sérias, que pagam 13.º salário, férias etc.", acusa. Ele diz que, assim, dos 20 mil motoboys que trabalham em Curitiba, apenas 2% atuam de forma regular.

Segundo Bittencourt, a falta de fiscalização prejudica as empresas que seguem as normas. "Um motoboy trabalha para mim por seis meses para depois ir ao concorrente trabalhar sem carteira assinada para receber salário e seguro-desemprego."

Esta situação, de acordo com o empresário, causa concorrência desleal – o custo da formalidade é alto, por conta dos encargos trabalhistas.

O presidente do sindicato da categoria (Sintramotos), Tito Mori, confirma que a informalidade é grande e que isso causa "concorrência injusta". Ele afirma que está para ser sancionada pelo prefeito de Curitiba, Beto Richa, uma lei aprovada em 2005 que regulariza a atividade.

"Queremos fazer o cadastramento de empresas e motoboys, identificar os profissionais e o usuário comum, como ocorre com táxis, e exigir curso de qualificação." Segundo Mori, a lei prevê garantias sociais, como a obrigatorietade de pagamento de seguro de vida aos profissionais.

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