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Para nova classe C, bonito é aquilo que se pode comprar

Quem quiser vender algum produto para a nova classe C pode dispensar Gisele Bündchen. A auto-estima dessa faixa da população, apelidada pelos marqueteiros de "base da pirâmide", está em alta. E eles preferem Taís Araújo. Para esses novos consumidores, bonito é aquilo que se pode comprar. Ao menos é o que revela uma pesquisa um tanto inusitada feita por uma nova consultoria de marketing especializada em "base da pirâmide", ou BoP, da sigla em inglês, chamada "A Ponte".

Intitulada "O que eu acho bonito", a pesquisa é quase um ensaio fotográfico feito pela classe C sobre seus próprios padrões de beleza em algumas categorias de consumo - carro, casa, comida, propaganda e moda - e outras categorias genéricas, como pessoas e o entorno (a cidade). Munidos de câmeras digitais, 20 pessoas da classe C saíram pelas cidades de São Paulo e do Rio de Janeiro fotografando aquilo que achavam bonito.

Na maioria jovens de 18 a 35 anos, essas pessoas fazem parte da equipe de pesquisadores da Ponte, que as chama de "antenas" e adota uma metodologia de autopesquisa. Os antenas pesquisam os próprios hábitos de consumo e comportamento, bem como os de seus amigos e familiares. A análise das mais de mil fotos e cem vídeos capturados pelos antenas, além do relato dos próprios sobre a experiência, revela, segundo os publicitários Andre Torretta e Carol Escorel, sócios de A Ponte, que existe uma sobreposição entre o que é bonito e a possibilidade de consumo. "O que é muito caro, muito distante, eles não conseguem admitir como bonito", afirma Carol.

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