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No exterior

Para viajar sem estresse financeiro

Anna Paula Martinelli, viajante experiente, adotou de vez o cartão pré-pago e se livrou do roaming internacional | Brunno Covello/Gazeta do Povo
Anna Paula Martinelli, viajante experiente, adotou de vez o cartão pré-pago e se livrou do roaming internacional (Foto: Brunno Covello/Gazeta do Povo)

Cerca de 6,5 milhões de brasileiros pretendem viajar para o exterior até agosto de 2014 e, segundo o Instituto Data Popular, 60% deles (3,9 milhões) devem concretizar esse desejo. O problema é que não está fácil de planejar gastos de viagem: o real perdeu valor em relação ao dólar, os preços das passagens aéreas andam imprevisíveis e os planos de telefonia são caros.

Mas há solução. É possível dispensar planos de telefonia e economizar na passagem buscando promoções. E o cartão pré-pago – carregado previamente em moeda estrangeira – ajuda a baixar as despesas com compras.

O principal chamariz do pré-pago é a baixa incidência de Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguros (IOF). A alíquota é de 0,38%, igual à que se paga na compra de moeda estrangeira. Além disso, transportar o cartão é mais seguro que levar dinheiro vivo.

De janeiro a outubro, os valores movimentados por pré-pagos aumentaram de US$ 279 milhões para US$ 319 milhões, com pico em agosto (US$ 351,7 milhões). É possível encontrar o cartão em corretoras e bancos.

Vantagens

Em algumas instituições, a recarga do pré-pago está mais barata que a compra de moeda. Mas, com a variedade de produtos, vêm a diversidade de cobranças e de formas de uso. Daí a necessidade de verificar se há taxas de emissão e de recarga e quanto custa o saque de dinheiro. A média tem sido de US$ 2 por saque. Por isso, aproveita melhor o pré-pago quem tem noção de quanto vai gastar e não precisará fazer saques sucessivos.

"Alguns cartões pedem que a recarga seja feita no Brasil", alerta Aline Rabelo, coordenadora da rede social Investmania. Outro porém do pré-pago é que a aceitação ainda é baixa em países não tão óbvios para o turismo, como os do Oriente Médio. Também não é uma boa opção para quem pretende comprar em feiras de artesanato ou visitar cidades menores.

Uma coisa é certa: cartão de crédito, só para emergências. "O IOF é de 6,38% sobre as compras, e o câmbio válido será o do dia da emissão da fatura. Se a moeda subir, o cliente pagará mais", explica Maria Inês Dolci, coordenadora da associação de consumidores Proteste.

Se a intenção é usar o cartão de débito – algumas contas premium dão essa opção –, o conselho é desabilitar a função de crédito para evitar mal entendidos na conversa com vendedores estrangeiros.

PassagensComprar antes é bom, mas na promoção é ainda melhor

Um estudo da associação Proteste concluiu que os preços das passagens aéreas no Brasil não seguem muita lógica. Ou seja: comprar antecipadamente pode, sim, ajudar a economizar. Mas nada equivale a aproveitar uma promoção ou a se planejar para viajar na baixa temporada. Algumas conclusões da Proteste para pagar menos pela passagem: viaje para Orlando e Nova York em julho; para Buenos Aires em setembro; e para Paris em abril. De abril a setembro, a variação de preços foi de 17% a 55%.

Raquel Apolo, professora de Turismo da PUCPR, diz que maio é um bom mês para quem quer viajar para o hemisfério Norte. O clima naquela região do globo está bom e as passagens, em geral, em promoção. "Alguns meses para trás ou para frente equivalem a preços bem maiores".

Ela aconselha a evitar compras de passagem após 11 de dezembro, data que marca uma alta de preços para o fim de ano. Também ensina a avaliar bem se a passagem mais barata vale o desconforto de várias conexões para se chegar ao destino. "Se o turista tem pouco tempo para ficar fora, não faz sentido nenhum", diz.

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