Na próxima quinta-feira, o superintendente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), Eduardo Requião, deve ir ao Paraguai se encontrar com ministros e empresários para tratar da construção de um terminal de líquidos no porto paranaense. A expectativa da Appa é que o governo paraguaio já anuncie, durante o encontro, o início das obras. O terminal será construído no entreposto do país já existente em Paranaguá e seguirá o modelo do terminal de líquidos que está sendo concluído pelo governo paranaense e será inaugurado nas próximas semanas.
O convite para Eduardo Requião ir ao Paraguai partiu do presidente da Associação Nacional de Navegação e Portos (ANNP), Omar Alexander Pico Insfran. "O trabalho desenvolvido pela Appa na construção do terminal de álcool está atraindo a atenção de empresários, até mesmo do Paraguai", afirmou Requião. Segundo ele, a movimentação de contêineres no entreposto paraguaio tem caído, com perda de cargas para Santos. Mesmo assim o país vizinho pretende continuar investindo no Porto de Paranaguá.
"Esse terminal é muito importante para nós e para o Mercosul. A nafta, a gasolina e o óleo que hoje entram pelo Uruguai e pela Argentina passarão a entrar por aqui. O terminal ficará próximo ao nosso e duas empresas já solicitaram fazer as interligações", relatou. Segundo ele, os detalhes da operação dependem de consultas com a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). De acordo com Requião, a intenção do Paraguai em investir só é possível graças à confirmação do contrato de arrendamento de área no porto destinada à movimentação de granéis líquidos com a Petrobrás por mais 25 anos, assinado em junho do ano passado com previsão de investimentos de R$ 100 milhões pela estatal.
O terminal de líquidos paranaense consumiu cerca de R$ 14 milhões em investimentos e será destinado à exportação de álcool, com capacidade de armazenamento de 35 milhões de litros de álcool, em sete tanques. Além da Petrobrás, a Cattalini e União Vopak também operam granéis líquidos no Porto de Paranaguá. Em 2006, foram exportadas 491,3 mil toneladas de etanol pelo porto, um aumento de 56,5% em relação à movimentação de 2005.
A Associação de Produtores de Álcool e Açúcar do Estado do Paraná (Alcopar) estima que as exportações do produto voltem a bater recordes neste ano, por causa da demanda do mercado norte-americano, que foi responsável pela compra de 2,5 milhões de toneladas dos 4,06 milhões de toneladas de etanol exportadas pelo Brasil no ano passado.
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