O segundo dia de paralisação dos servidores do Ministério do Trabalho e Emprego do Paraná (MTE-PR) mais uma vez teve maior adesão no interior do estado. A mobilização, que faz parte de um movimento deflagrado em âmbito nacional, vai durar 48 horas. Os servidores do MTE reivindicam uma série de benefícios, com destaque para a criação de um plano de carreira próprio. Se a categoria não for atendida, uma greve deve ser iniciada a partir do dia 6 de abril no país inteiro.

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Em Curitiba os serviços foram mantidos regularmente, mas há certa demora para o atendimento, pois 20% dos servidores pararam as atividades. "Em Curitiba, infelizmente, não foi o que a gente esperava", afirmou Ruy Santos, do Sindicato dos Servidores Públicos Federais em Saúde, Trabalho, Previdência e Ação Social do Paraná (Sindprevs). No interior, porém, a paralisação foi maciça, segundo o sindicato.

"Temos informações que pararam totalmente nas cidades de Ponta Grossa, Londrina, Maringá, Cascavel, Foz do Iguaçu, Umuarama, Apucarana, Pato Branco e Engenheiro Beltrão. No interior a paralisação superou as nossas expectativas", disse Santos.

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A emissão de carteiras de trabalho nessas cidades foi prejudicada. Esse, segundo o sindicato, é o principal serviço realizado pelos servidores no interior. "Estamos entregando cartas às pessoas que procuram o Ministério do Trabalho explicando os motivos da paralisação", afirmou Santos. Na segunda-feira (22) todos os servidores retornam ao trabalho.

O comando nacional da greve vai procurar o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão para discutir as reivindicações da categoria. Os trabalhadores do MTE reivindicam a criação de um plano de carreira específico e independente de outros órgãos. Atualmente, a categoria está atrelada aos servidores da Seguridade Social, que engloba ainda funcionários da Saúde, Funasa e Previdência.

"Recebemos o pior salário do serviço público do país", afirmou Santos. De acordo com ele, o salário inicial de um servidor do MTE, com as gratificações, não chegaria a R$ 2 mil. Em 2009, aproximadamente de 1,9 mil trabalhadores para o ministério foram contratados para atuar em todo o país. Mas, segundo o sindicato, mais de 40% já pediram exoneração em função dos salários. "A última reposição salarial que tivemos foi concedida em 2008 e veio escalonada em quatro anos", reclamou o líder da categoria.

O sindicato pede ainda jornada de trabalho com atendimento de 12 horas, em dois turnos de 6 horas e que as gratificações sejam imediatamente incorporadas aos salários. Os servidores também pleiteiam melhores condições de trabalho, com a melhoria dos prédios onde as unidades do Ministério estão sediadas.

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