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Paraná Banco se capitaliza para ampliar oferta de crédito

O Paraná Banco, pioneiro no país na oferta de crédito consignado, lançou recentemente um Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC). O produto permitiu à instituição a captação de R$ 135 milhões – dinheiro que será usado para novos contratos de empréstimo consignado, ou seja, com desconto em folha de pagamento, com juros de 2,86% ao mês.

Esta é a primeira vez que o Paraná Banco, banco de pequeno porte, lança um fundo deste tipo. A operação o coloca ao lado de grandes instituições financeiras, uma vez que o FIDC está entre os investimentos mais seguros do país – com avaliação de risco AAA pela agência internacional Standard & Poors.

O fundo, de caráter fechado e duração de 36 meses, foi oferecido apenas a grandes investidores – como fundos de pensão, investidores privados e outros bancos. Todo o recurso será aplicado em direitos creditórios, ou seja, créditos do empréstimo consignado que o Paraná Banco já concedeu a servidores públicos de diversas empresas e órgãos públicos.

No bookbuilding (espécie de pregão), realizado em 25 de agosto, a procura pelas cotas foi 64% superior à oferta, o que, para o diretor financeiro Luiz César Miara, é a prova do sucesso da operação.

Para minimizar o risco ao investidor, o Paraná Banco só pode colocar no fundo contratos de servidores que não estão inadimplentes – caso isso aconteça, o contrato deve ser substituído. Além disso, parte da carteira do fundo (R$ 35 milhões) pertence ao próprio Paraná Banco, o que reduz o risco dos cotistas sêniores (todos os outros).

Os direitos creditórios adquiridos pelos investidores ficarão sob a custódia do Banco Itaú, outro ponto importante para reduzir riscos, pois o investidor tem acesso ao crédito independente do Paraná Banco. O rendimento para o investidor será de 109% do Certificado de Depósito Interbancário (CDI).

O Paraná Banco já planeja o lançamento de mais um FDIC em três meses, desta vez de R$ 350 milhões. "A criação de um fundo como este é importante para um banco como o nosso, que tem dificuldade em captar recursos", diz o diretor da instituição, André Malucelli.

O banco paranaense já captou recursos através de Certificado de Depósito Bancário (CDB) no total de R$ 400 milhões. No ano passado, conseguiu se capitalizar com emissão de títulos no exterior que somaram US$ 150 milhões. Apesar de onerosa ao banco, a criação de um FIDC é uma boa alternativa para a captação de recursos. "O nosso maior desafio é a capitalização", diz Malucelli.

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