O Paraná bateu o recorde de exportações em 2005, alcançando o valor total de US$ 10 bilhões. Um crescimento de 6,6% em relação a 2004, quando o estado exportou US$ 9,3 bilhões. Nas importações, foram US$ 4,5 bilhões em 2005, o que resultou num saldo positivo da balança comercial de US$ 5,5 bilhões. As informações estão no site oficial do governo do Paraná.
Como em 2005, houve queda na produção agrícola e queda no dólar em relação ao real, o que ajudou no crescimento das exportações foram os produtos industrializados, mesmo os da agroindústria. Segundo o secretário estadual da Indústria, do Comércio e Assuntos do Mercosul, Virgílio Moreira Filho, nos últimos dez anos, no Paraná, a exportação de industrializados passou de US$ 2,1 bilhões para US$ 6,6 bilhões.
"No período, a participação dos produtos processados no total das exportações cresceu de 59,14% para 65,76%", afirma o secretário.
"Embora a agricultura ainda seja muito importante para a economia do Estado, o Paraná já não é mais tão dependente da produção primária", destaca Henrique Santos, coordenador do Centro Internacional de Negócios (CIN). Segundo ele, há uma tendência de crescimento da participação dos produtos com maior valor agregado nas exportações do Paraná. "A queda do dólar comprometeu a rentabilidade de alguns setores, especialmente, os ligados à agricultura, mas mesmo assim o faturamento geral das exportações teve um crescimento expressivo", destacou Santos.
Ranking
Com o resultado das exportações de 2005, o Paraná ficou em terceiro lugar no ranking nacional, contribuindo com 12,28% do total da balança comercial nacional que fechou o ano com um saldo positivo de US$ 44, 8 bilhões. Minas Gerais foi o primeiro colocado, com um superávit de US$ 9,6 bilhões entre as exportações e importações.
Dos produtos exportados pelo Paraná em 2005, soja em grão e farelo de soja ainda lideram, mas cortes de frango, automóveis e motores para veículos aparecem também com destaque. Os países para os quais o Paraná mais exportou foram Estados Unidos (US$ 1,3 bi), Alemanha (US$ 1,09 bi), Argentina (US$ 730 milhões) e China (US$ 608 milhões).