A economia paranaense fechou postos formais de trabalho pelo quarto mês seguido, empurrando o saldo de empregos acumulados no ano para perto de zero.
Segundo os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta sexta-feira (21), houve 12,4 mil demissões no estado em julho, já descontadas as contratações. Foi o maior número de cortes em um único mês desde o início do ano.
País dispensou 21 mil pessoas com curso superior
Pouco mais de 21 mil profissionais com ensino superior perderam o emprego em todo o país em julho, já descontadas as admissões, segundo os dados do mercado formal compilados pelo Caged. Foi o terceiro mês seguido com dispensa de trabalhadores graduados. Como houve muitas contratações nos primeiros meses do ano, o saldo de janeiro a julho continua positivo, embora cada vez menor – agora é de 23 mil vagas.
No Paraná, houve pouco mais de 1,2 mil demissões de trabalhadores dessa faixa de instrução em julho. Assim como no país todo, o saldo estadual nos sete primeiros meses do ano permanece no azul – as contratações superaram as demissões em 5,5 mil.
No Brasil todo, as empresas fecharam 158 mil vagas, o pior resultado para o mês desde o início da série histórica, em 1992.
De cinco grandes setores da economia, apenas a agropecuária gerou empregos com carteira assinada no Paraná em julho – 831, conforme o Caged.
A indústria liderou as dispensas no estado, com pouco mais de 7 mil vagas fechadas, seguida por comércio (-3,4 mil), construção civil (-1,4 mil) e serviços (-1,3 mil).
No acumulado dos sete primeiros meses do ano, o saldo de admissões e desligamentos ainda é positivo, mas de apenas 1,7 mil vagas – o mais baixo desde 2002, pelo menos. No mesmo período do ano passado, a economia paranaense havia gerado 67,5 mil empregos com carteira.
Ainda no azul
O Paraná é um dos seis estados brasileiros que mantêm o saldo do emprego no azul em 2015. Os demais são Goiás (21,1 mil vagas), Mato Grosso (10,7 mil), Mato Grosso do Sul (914), Tocantins (360) e Piauí (4 vagas). Nas outras 21 unidades da federação, as demissões superam as contratações.
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