Entre 2004 e 2005, o Paraná viu o surgimento de 26,3 mil empresas e se tornou o quarto estado brasileiro com maior número de organizações formais (com registro de CNPJ). Somente São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul detêm participação maior. Os últimos dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) são de 2005, e mostram que o estado concentrava 7,8% das empresas instaladas no Brasil. Juntas, elas respondiam por 6,4% de todo os brasileiros assalariados ou 2,05 milhões de pessoas. De 2004 a 2005, esse número cresceu em mais de 100 mil pessoas.
Os assalariados do Paraná recebiam em 2005 R$ 25,2 bilhões, folha de pagamento só superada pelas empresas, instituições sem fins lucrativos e cargos públicos dos estados de São Paulo (R$ 161,5 bi), Rio de Janeiro (R$ 50,3 bi), Minas Gerais (R$ 37,5 bi) e Rio Grande do Sul (R$ 29,9 bi). Assim como o número de empresas e funcionários, os salários e outras remunerações no Paraná também cresceram: foram R$ 3,5 bilhões a mais de 2004 para 2005.
A pesquisa do IBGE mostra ainda que a "Indústria de Transformação" é a que mais emprega e também a que mais remunera no estado. Em 2005, eram 524,2 mil os trabalhadores do segmento, que recebiam R$ 6,5 bilhões. Em segundo e terceiro lugares aparecem as atividades de "Administração pública, defesa e seguridade social" e "Comércio e reparação de veículos e objetos pessoais e domésticos". Este mesmo cenário é observado nos demais estados do Sul, motivo pelo qual o IBGE destacou a região como altamente empregadora no setor industrial. "As empresas do setor da Indústria de Transformação apresentaram alta concentração de pessoal ocupado nas Regiões Sudeste e Sul. Juntas, respondem por cerca de 79% do total nacional, com destaque para São Paulo, com 35,6% deste total. A Região Sul participa com 26% e os outros estados da Região Sudeste, com 17,4%", revela o texto da pesquisa.
O IBGE destacou ainda uma "ligeira tendência à mudança na estrutura espacial da ocupação e dos salários" entre 2000 e 2005. São Paulo e os demais estados da Região Sudeste, embora continuassem a ostentar liderança no nível de pessoal assalariado e nos salários, começavam a perder participação nacional. Por outro lado, as Regiões Norte e Nordeste aumentaram sua participação.
Ainda na análise dos dados regionais, a pesquisa do IBGE mostra que os estados do Norte e Nordeste, em geral, têm a grande maioria de seu pessoal assalariado morando nas capitais. É o caso, por exemplo, de Boa Vista, Manaus, Macapá e Rio Branco, que concentravam em 2005 mais de 80% da população assalariada dos estados em que estão. Na ponta oposta aparecem Florianópolis e Porto Alegre, que concentravam 14,3% e 27% do pessoal assalariado de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, respectivamente o que demonstra a força dos municípios do interior na geração de empregos. Curitiba concentrava 31,9% do pessoal assalariado do estado.
Troca de comando na Câmara arrisca travar propostas que limitam poder do STF
População não vê virtudes do governo, a culpa é da oposição? Assista ao Entrelinhas
Big Brother religioso: relatório revela como a tecnologia é usada para reprimir cristãos
O problema do governo não é a comunicação ruim, mas a realidade que ele criou
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast