O Wal-Mart planeja trazer para o Paraná a sua bandeira Todo Dia, de supermercados de vizinhança voltados para baixa renda. O formato, que hoje tem 17 lojas no país, deve ganhar abrangência nacional, segundo Vicente Trius, presidente da rede varejista no Brasil. O modelo de loja, com uma área de 400 a 2,2 mil metros quadrados e com sortimento de 5 mil itens, fortemente concentrados no setor de alimentos, é uma das armas da companhia norte-americana para crescer no Brasil nos próximos anos.

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Trius também adianta que o grupo vem avaliando a possibilidade de levar uma das três marcas regionais fortes adquiridas nos últimos anos – Mercadorama, no Paraná, Bompreço, no Nordeste, e Nacional, no Rio Grande do Sul – para o restante do país.

Com faturamento de R$ 12,9 bilhões no ano passado no Brasil – 10% maior do que no exercício anterior – a empresa quer crescer com lojas novas e também com aquisições, de acordo com o executivo. Vicente Trius, no entanto, confirmou que a rede desistiu da disputa pela rede G.Barbosa, de Sergipe, que está sendo cobiçada pelo Carrefour e pelo Pão de Açúcar. "Mas estamos sempre avaliando oportunidades que se enquadrem no nosso foco de expansão", diz o executivo, que comandou no Paraná o processo de compra da rede Mercadorama e Big do grupo Sonae, há quase dois anos.

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A empresa está investindo R$ 1 bilhão em 2007 – volume 42% superior aos R$ 700 milhões aplicados no ano passado – que estão sendo direcionados para a abertura de 22 novas lojas, na reforma de unidades já em operação, e infra-estrutura. No Paraná, onde possui 40 lojas e lidera o ranking como a maior rede, a empresa acaba de concluir um pacote de R$ 21 milhões em investimentos na reforma de sete lojas em Curitiba. A última delas deve ser reinaugurada na próxima semana no Centro Cívico.

Trius faz segredo sobre o número de lojas Todo Dia que poderá ter no Paraná, mas diz que o modelo não vai gerar conflito com a bandeira Mercadorama, apesar dos formatos poderem ter o mesmo tamanho (2,2 mil metros quadrados). A rede Todo Dia deve ser direcionada para bairros mais afastados e ser ainda mais agressiva em preço. "Temos uma política de preços bem competitiva", diz ele, que se diz acostumado com a pesada concorrência em Curitiba, provocada pela grande quantidade de hipermercados e supermercados.

Com 316 lojas no Brasil, a empresa norte-americana promoveu uma série de aquisições nos últimos anos no país, o que lhe valeu a liderança no Nordeste, com a marca Bompreço, e no Sul, com Big, Mercadorama e Nacional.

O Brasil é o quinto maior mercado em receita para a companhia, que faturou US$ 345 bilhões no seu último ano fiscal – de fevereiro de 2006 a janeiro de 2007. A operação brasileira está atrás de Estados Unidos, Inglaterra, México e Canadá. São ao todo 62 mil funcionários, dos quais 3,5 mil no Paraná.