A soma das participações dos sete maiores Estados na economia brasileira - São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná, Bahia e Santa Catarina - saiu de 75,9% em 2002 para 75,2% em 2005. Os dados fazem parte da nova série das Contas Regionais 2002-2005, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada nesta segunda-feira (26). O Paraná é o quinto estado em participação. Em 2002, a participação no PIB foi de 6,0; em 2003, 6,4%; em 2004, 6,3% e em 2005, 5,9%.

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Entre 2002 e 2005, São Paulo e Rio Grande do Sul foram os que mais perdem participação, embora São Paulo tenha se recuperado ligeiramente em 2005, sem retornar ao patamar de 2002. Já o RS se ressente, em 2004 e, principalmente em 2005, de uma forte seca conjugada com a queda de preços dos grãos, que também atingiu o Paraná, em 2005.

Amazonas lidera em volume; Paraná e RS têm quedas

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O Amazonas teve o melhor desempenho , em 2005, com 10,2% de crescimento em volume do PIB em relação ao ano anterior, impulsionado pela indústria de transformação (11%), comércio e serviços de manutenção e reparação (15,7%), indústria da construção (5,7%), transporte , armazenagem e correio (13,6%) e atividade imobiliária e de aluguel (12,2%). Na indústria de transformação, destaca-se o segmento de material eletrônico e equipamentos de comunicação que participa com 27% do volume e cresceu 23,1%, devido , sobretudo, à boa performance de telefones celulares e televisores.

Região Sul

Na região Sul, Santa Catarina, em 2005, cresceu 1,6%, em decorrência de grande estiagem prejudicando a agropecuária (-3,3%), predominantemente na Agricultura (-8,8%), bem como o embargo à carne suína . A Indústria de transformação obteve crescimento em volume próximo à zero (0,2%), influenciado por crise na indústria de artigos do vestuário e acessórios (-12%). Os serviços apresentaram crescimento de 2,8% e representam 57,7% da economia , destacam-se as atividades de Comércio e serviços de manutenção e reparação com 14,8% do valor adicionado do estado e crescimento de 2,5% entre 2004 e 2005,

Paraná (-0,1%) e Rio Grande do Sul (-2,8%) apresentaram, em 2005, queda em volume do PIB. O Paraná teve como principal responsável de queda a agricultura, silvicultura e exploração vegetal (-9,2%), que sofreu com a estiagem. As culturas de soja e milho caíram (-7% e -23%, respectivamente), e como representam 44% da atividade , respondem por parte do resultado final verificado. A redução da renda agrícola influenciou o restante da economia , com variações de -0,1%, na industria, e 1,5%, para serviços.

No Rio Grande do Sul, destacam-se a queda da Agropecuária (-17,3%), da Indústria de transformação (-4,2%) e a estagnação do setor de Serviços em geral (0,2%). A análise do comportamento setorial da economia gaúcha , mostra que as lavouras registraram uma redução na produção de aproximadamente 25,3%, com decréscimos para soja (-55,9%), milho (-56,0%) e cana-de-açúcar (-11,4%), entre outros . A indústria de transformação do estado (-4,2%) encontra-se vinculada ao setor agrícola , com os segmentos de máquinas e equipamentos (-19,1%); peças e acessórios (-2,4%); produtos de metal (-0,5%) e ainda a indústria química (-5,8%). Quando somados, representam 39,4% da indústria de transformação.

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PIB per capita

O maior PIB per capita continua sendo o do Distrito Federal (R$ 34.510). Na nova série, representa 2,9 vezes a média brasileira (R$ 11.658). O segundo maior passa a ser São Paulo (R$ 17.977), ultrapassando o Rio de Janeiro, agora em terceiro (R$ 16.052).

Os demais estados com PIB per capita acima da média do Brasil são Santa Catarina, Espírito Santo, Mato Grosso, Rio Grande do Sul e Paraná. O menor PIB per capita pertence ao Piauí, com R$ 3,7 mil, seguido pelo Maranhão (R$ 4,15 mil) e Alagoas (R$ 4,687 mil).

Leia nesta terça-feira (27) na versão impressa da Gazeta do Povo a análise completa dos resultados das Contas Regionais 2002-2005, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)