O Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) inaugurou ontem em Curitiba o Instituto Senai de Inovação em Eletroquímica. O centro, localizado na sede da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), é o primeiro de 25 institutos de inovação e 63 centros de tecnologia integrantes do Programa de Apoio à Competitividade na Indústria, que pretende desembolsar R$ 1,9 bilhão até o final de 2015 para construir institutos setoriais de pesquisa.
Na unidade curitibana, o investimento total até o fim de 2014 será de R$ 50 milhões em duas fases. A primeira delas consiste em um laboratório menor, de 300 metros quadrados, que passa a operar imediatamente com foco na engenharia de superfícies, fotônica e microeletrônica. A etapa seguinte deve ser concluída somente no fim do ano que vem, quando um novo centro de 10 mil metros quadrados ficará pronto. Neste espaço, funcionarão laboratórios, incubadoras tecnológicas e aceleradoras de novos empreendimentos. "É um centro totalmente voltado à inovação e à produção industrial, que funcionará nos mesmos moldes dos institutos dos países mais avançados do mundo", afirma o diretor-geral do Senai, Rafael Lucchesi.
A ideia é desenvolver pesquisas das indústrias locais nos laboratórios do instituto, que conta com equipamentos únicos ou com configurações exclusivas no Brasil. "A maior parte das indústrias são pequenas ou médias empresas, sem condições de adquirir equipamentos como estes. Aqui, eles poderão realizar experimentos e testar novas fórmulas industriais", afirma o diretor do Senai no Paraná, Marco Secco.
Vocação local
Cada um dos 25 institutos do país será voltado para uma finalidade. No Paraná, a escolha foi pelas pesquisas em eletroquímica, em função da concentração de indústrias automotivas, metalmecânicas e petroquímicas do estado. No entanto, os laboratórios daqui devem centralizar as pesquisas do ramo das empresas dos demais estados do país. "Da mesma forma que o desenvolvimento de um processo eletroquímico de Manaus pode ser estudado aqui, algumas pesquisas em microeletrônica de empresas paranaenses podem parar no Amazonas. O sistema será integrado", explica Gustavo Leal Filho, diretor de operações do programa.