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Ranking

Paraná mantém liderança entre as 500 maiores empresas do Sul

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Apesar do cenário econômico desfavorável em 2012, as empresas paranaenses lideraram o ranking das 500 maiores da Região Sul, feito pela revista Amanhã e pela consultoria PwC, no ano passado. Foi o segundo ano em que as companhias do Paraná foram campeãs em patrimônio líquido, faturamento e lucro, os três quesitos que compõem o Valor Ponderado de Grandeza (VPG), principal critério para classificação das empresas no ranking. Somado, o VPG das empresas paranaenses ficou em R$ 128,8 bilhões – um avanço de 16% sobre o resultado de 2011.

INFOGRÁFICO: Confira o ranking das maiores empresas da Região Sul em 2012

Mesmo com o menor número de empresas no ranking, o desempenho do Paraná foi superior ao alcançado pelos demais estados do Sul em 2012. A receita bruta das 175 empresas paranaenses listadas na pesquisa somou R$ 198,2 bilhões, contra R$ 169,1 bilhões das 201 companhias gaúchas e R$ 142 bilhões das 124 catarinenses. As companhias do Paraná também acumularam o menor prejuízo no período – 0,5% dos ativos. Das 175 empresas paranaenses, 79 estão sediadas na Grande Curitiba.

Na comparação com as vizinhas catarinenses e gaúchas, as empresas do Paraná foram as únicas a registrar crescimento dos lucros, que somaram R$ 16,2 bilhões em 2012 – quase o dobro do lucro das empresas do Rio Grande do Sul (R$ 8,8 bilhões) e quase três vezes o resultado das companhias de Santa Catarina R$ 5,7 bilhões. Nesse mesmo período, a receita bruta das 100 maiores do Paraná avançou 17% para R$ 187,9 bilhões.

"Enquanto Santa Cata­rina vem crescendo em número de empresas, representatividade de vendas e patrimônio líquido, o Rio Grande do Sul está perdendo espaço em patrimônio, representatividade e faturamento. Talvez a distância logística ajude a explicar essa perda de força dos gaúchos", Carlos Peres, sócio responsável pela PwC no Paraná e em Santa Catarina.

A hegemonia do Paraná só não foi completa porque as empresas do estado ficaram em segundo lugar no índice de endividamento – com 53,8% dos seus ativos totais comprometidos – e na última posição no quesito rentabilidade sobre a receita (3,9%), cujo domínio foi das empresas de Santa Catarina (7,9%) – o estado com o maior volume de dívidas, 55,2%.

O avanço do endividamento das empresas paranaenses – de 52,2% em 2011 para 53,8% em 2012 – pode ser um indicativo de que as companhias do estado aumentaram seus investimentos, diz Peres. Mas, embora estejam vendendo mais, as empresas do estado viram sua rentabilidade cair de 10,4% em 2011 para 3,9% em 2012. "As empresas paranaenses podem estar privilegiando o crescimento da receita e a manutenção de mercado, em detrimento da margem. O que é certo é que elas estão bastante competitivas", diz.

Não houve alteração nas seis primeiras posições do ranking paranaense. A Vivo, com sede em Londrina, se manteve em primeiro lugar, seguida pelo HSBC, Copel, Renault, Klabin e GVT. A Coamo desbancou a ALL e assumiu a sétima posição. Inepar e Itaipu Binacional completam a lista.

Estado criou ambiente favorável aos negócios

Existe um conjunto de indicadores de outras instituições que explicam o descolamento da economia paranaense em relação aos demais estados do Sul, segundo Gilmar Mendes Lourenço, diretor-presidente do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes). Entre eles, Lourenço cita o avanço de 2,2% no emprego industrial no Paraná em 2012 (frente ao recuo de 1,4% da média nacional) e o crescimento de 8,5% das vendas no varejo, diante de 5% da média brasileira.

"Temos mecanismos de defesa bastante ativos na economia do estado que propiciam um ambiente de negócios favorável. O primeiro deles é, sem dúvida, o agronegócio. Apesar da quebra de safra, o preço das commodities bateu recorde em 2012", explica. Ele destaca também a atração de R$ 25 bilhões em novos projetos privados nos últimos três anos e o aquecimento do mercado de trabalho no estado. "Entre 2003 e 2010, 68% dos empregos da indústria foram gerados no interior", afirma Lourenço, ressaltando a importância do movimento de interiorização dos investimentos.

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