Foz do Iguaçu Os produtores de semente do Paraná estão questionando a cobrança de royalties para o uso de sementes de soja transgênica no Brasil. Hoje, eles se reúnem em Foz do Iguaçu para debater o assunto e definir uma contra-proposta a ser apresentada a Monsanto, proprietária da patente da tecnologia Roundup Ready no Brasil e no Exterior. O valor a ser pago e o contrato são os principais pontos em discussão.
A cobrança de royalties para sementes de soja está sendo instituída este ano em razão da liberação do plantio de transgênicos no Brasil. Os produtores que usarem sementes com a tecnologia Roundup Ready, para a safra 2005/
2006, terão que desembolsar R$ 35,20 por saca de 40 quilos de sementes (R$ 0,88/kg de semente) para pagar os royalties. O total equivale a R$ 50 por hectare plantado. O valor pago será dividido entre a Monsanto e as empresas que desenvolveram variedades próprias, como Embrapa, Coodetec e Fundação Mato Grosso.
A cobrança dos royalties não elimina o pagamento pelo uso não-autorizado de sementes transgênicas. Ou seja, o agricultor que utilizou semente transgênica ilegal para plantar soja continuará a ser responsabilizado.
Segundo o diretor-executivo da Associação Paranaense de Produtores de Semente (Apasem), Eugênio Bohatch, os produtores paranaenses querem negociar um preço menor por saca e mudar uma das cláusulas do contrato, que responsabiliza o produtor da semente caso o agricultor não pague os royalties.