Entre as montadoras com fábrica no Paraná, os dados de julho são positivos em sua maioria. A Renault/Nissan, instalada em São José dos Pinhais, vendeu 4,9 mil veículos no mercado interno, com aumento de 11,5% sobre junho e de 13% na comparação com julho de 2005. No segmento de tratores e colheitadeiras, a Case New Holland (CNH), instalada na Cidade Industrial de Curitiba (CIC), registrou crescimento de 23% nas vendas entre junho e julho, com aumento expressivo (119%) na comparação com julho de 2005.

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A Volvo, também da CIC, vendeu 437 ônibus e caminhões no mês passado, um a mais que em igual período de 2005 – mas, em relação a junho, houve forte queda de 32%. A Volkswagen, que fabrica os automóveis Fox e Golf em São José dos Pinhais, comemora um bom desempenho no mercado interno. No entanto, a Anfavea não apresenta dados específicos da fábrica paranaense, apresentando apenas os resultados de toda a empresa, que tem outras duas unidades em São Paulo.

Relativamente bons no mês de julho, os resultados da indústria paranaense não são dos mais animadores quando considerados períodos mais longos. De janeiro a junho, as quatro montadoras do estado faturaram, juntas, US$ 677 milhões com as vendas externas – um verdadeiro tombo na comparação com os US$ 914,7 milhões do primeiro semestre de 2005, resultado trágico para um setor fortemente apoiado no comércio exterior. Já na semana passada, o Sindicado da Indústria Metal-Mecânica (Sindimetal-PR) estimava que a crise do pólo paranaense ameaça o emprego de 5 mil trabalhadores da cadeia produtiva.

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Nos primeiros sete meses do ano, Renault e Nissan venderam, juntas, 31 mil veículos. O volume é 2,6% menor que o do mesmo período de 2005. O mau resultado é reflexo principalmente da queda da Nissan no mercado interno (-31,5%). Mesmo assim, o crescimento das vendas da Renault (+2,4%) é tímido se comparado ao crescimento do segmento em que ela atua, de veículos leves – cujas vendas cresceram 9,4% no ano.

As vendas de ônibus e caminhões da Volvo, que tem fábrica na Cidade Industrial de Curitiba (CIC), caíram 9,9% desde o início de 2006 – mais, portanto, que o recuo do segmento, que foi de 6,7%. Mesmo enfrentando um dos períodos mais críticos de sua história, a Case New Holland (CNH), também de Curitiba, conseguiu vender 2,6 mil tratores e colheitadeiras entre janeiro e julho, com aumento de 18,6%. O problema é que a base de comparação é fraca, pois o ano de 2005, fortemente afetado pela crise do agronegócio, foi desastroso para a empresa. (FJ)