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Paraná se torna a “terra das companhias de terceirização”

“O setor de asseio e conservação do Paraná oferece o segundo maior piso salarial da categoria do Brasil, o maior valor de cesta básica e a única escola de capacitação da América Latina.”
Adonai Arruda, diretor-presidente da Higi Serv, empresa que presta serviços de limpeza e conservação | Priscila Forone/ Gazeta do Povo
“O setor de asseio e conservação do Paraná oferece o segundo maior piso salarial da categoria do Brasil, o maior valor de cesta básica e a única escola de capacitação da América Latina.” Adonai Arruda, diretor-presidente da Higi Serv, empresa que presta serviços de limpeza e conservação (Foto: Priscila Forone/ Gazeta do Povo)
PR possui duas vezes mais empresas de serviços terceirizáveis do que o RS |

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PR possui duas vezes mais empresas de serviços terceirizáveis do que o RS

Em quantidade, o Paraná é a terra das empresas de serviços terceirizáveis. Atrás apenas de São Paulo, o estado tem 3,7 mil empresas desse tipo, o dobro do registrado no Rio Grande do Sul e quase quatro vezes mais do que em Santa Catarina. Os dados são da Pesquisa Setorial 2009/2010 da Associação Brasileira de Empresas de Serviços Terceirizáveis e Trabalho Temporário (Assertem).Empresários do setor apontam o bom relacionamento com o poder público – grande empregador de terceirizados – e o número expressivo de empresas de pequeno e médio porte como responsáveis pelo desempenho. "Outro motivo é a credibilidade que esse tipo de atividade tem junto ao Judiciário trabalhista paranaense, o que não acontece em outros estados, desestimulando a ampliação do setor", afirma Marco Aurélio de Abreu Rodrigues e Silva, presidente do Grupo Employer, uma das maiores empresas do setor, com sede em Curitiba e filiais em outras 56 cidades do país.

Os trabalhadores de serviços terceirizáveis paranaenses também encontram as melhores convenções coletivas do país, segundo Adonai Arruda, diretor-presidente da Higi Serv, empresa que presta serviços de limpeza e conservação e conta com 5 mil colaboradores.

Segundo a pesquisa da Assertem, 8 milhões de pessoas trabalham como terceirizados ou temporários no Brasil, com remuneração média mensal de R$ 903 e R$ 918, respectivamente. O setor também se recupera da crise do ano passado. Entre abril de 2009 e abril de 2010, período contemplado pelo levantamento, o setor faturou R$ 62,3 bilhões, ante R$ 57,6 bilhões do ano anterior. Na Região Sul, a receita foi de R$ 15 bilhões. O número de empresas em todo o país cresceu 2,6%. Juntos, Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro concentram quase metade desse tipo de companhia – 15,3 mil das 31 mil.

Paraná

Do total de empresas do setor no Paraná, apenas 135 são de trabalho temporário, e 3.702 de serviços terceirizáveis. A discrepância entre as duas categorias é explicada pela fiscalização do Ministério do Trabalho com as empresas de emprego temporário. "Qualquer empresa pode fazer terceirização de mão de obra. Basta ter o CNPJ. Mas para oferecer mão de obra temporária não é tão fácil. Há uma fiscalização do Ministério do Trabalho, que exige documentação das empresas para que elas possam funcionar. O ministério, então, emite um certificado autorizando a prestação do serviço", diz Danilo Padilha, diretor regional da Assertem no Paraná.

Padilha também alerta que, no caso de fiscalização do ministério, o ônus de eventual irregularidade também recai sobre a empresa tomadora de serviço. "Por exemplo, se a empresa contratou temporários, mas eles não estão regulamentados, os funcionários são transformados em efetivos e passam a responder à legislação de acordo com as regras do trabalhador efetivado", avisa.

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