A rede de restaurantes Madero, fundada pelo empresário Junior Durski, está entre as PMEs paranaenses que mais se destacaram no ranking nacional| Foto: Felipe Rosa/Gazeta do Povo

Das dez pequenas e médias empresas (PMEs) que mais cresceram na Região Sul nos últimos três anos (2012-2014), sete são paranaenses. Na lista nacional, que conta com 200 companhias, a Região Sul tem 58 representantes no levantamento, sendo 23 do Paraná. Os dados são da 10ª edição da pesquisa “As PMEs que mais crescem no Brasil”, divulgada pela Deloitte nesta sexta-feira (11).

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INFOGRÁFICO: saiba quais são as PMEs paranaenses que se destacaram no ranking

O levantamento classifica as empresas que tiveram receita líquida entre R$ 3 milhões e R$ 400 milhões no último ano e que operam há mais de cinco anos. As PMEs do setor de tecnologia foram a maioria no ranking nacional. O gerente da Deloitte responsável pela pesquisa, Giovanni Cordeiro, explica que as empresas desse segmento têm grande destaque porque oferecem produtos ou serviços que atendem uma demanda reprimida. “São companhias que já estão dentro da área de inovação, por isso conseguem entregar soluções mais eficientes e a um custo baixo”, afirma Cordeiro.

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Receita de sucesso

Entre as classificadas, há duas características adotadas mais comuns para o sucesso do negócio: o investimento em inovação e ter como clientes grandes empresas. A pesquisa mostra que, entre as PMEs analisadas, 65% consideram que melhorias nos produtos ou serviços ofertados resultaram em bons resultados no fomento à inovação. O lançamento de novos produtos foi citado por 21%. “As PMEs que estão na lista investem em inovação nas suas práticas produtivas e fazem constante revisão de seus processos de produção. Com isso, elas se tornam competitivas e conseguem oferecer serviços com preços acessíveis que ajudam a diminuir os custos das grandes empresas”, diz Cordeiro.

2020

As empresas emergentes pretendem manter as práticas de inovação para continuar crescendo até 2020. Das entrevistadas pela Deloitte, 73% irão continuar inovando nos produtos e serviços, 68% querem ampliar a carteira de clientes e 64% desejam aumentar a produtividade.

No Paraná, a primeira empresa mais bem colocada é a construtora VCG Empreendimentos. Ela também ocupa a primeira colocação no ranking da Região Sul e o quarto lugar nacional, com média de crescimento entre os três últimos anos de 185,97%, segundo a pesquisa da Deloitte. Em 2014, o faturamento superou R$ 78 milhões.

Um dos diferenciais da construtora paranaense é ter adotado, desde o início, práticas comuns a grandes empresas, como balanços auditados, governança corporativa (sem relações familiares na estrutura profissional) e um sistema de gestão eficaz.

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O diretor da VCG, Nuno Coelho, aponta que outro diferencial da empresa é a customização do produto. “Nosso produto foi bem aceito no mercado. Empreendimentos não são commodities. Hoje, os prédios são tudo a mesma coisa, mas o mundo está caminhando para algo mais customizado. Cada prédio, em cada terreno, precisa ser pensado de forma diferente”, reforça. Ele destaca que a prática adotada garante à empresa uma velocidade de venda três vezes superior a média do segmento.

Resultado

As PMEs que mais cresceram nos três últimos anos tiveram um crescimento médio anual da soma das receitas líquidas de 22,4%. Em 2014, a soma alcançou R$ 12,8 bilhões, valor 18% acima em relação a 2013. Já a mediana da taxa de crescimento no período entre 2012 e 2014 foi de 23,1%.

Madeiro ocupa o 15º lugar no país

Outra paranaense de destaque na lista da Deloitte é o restaurante Madero. A empresa ocupa a quarta colocação no ranking regional e o 15º lugar nacional. De acordo com a pesquisa da Deloitte, a empresa teve média de crescimento de 79,90% nos últimos três anos completos.

O empresário Junior Durski, fundador da rede de restaurantes, explica que o investimento com foco na qualidade do produto é o que faz o negócio continuar crescendo.

“As empresas tendem a cortar despesas com pessoal e marketing durante a crise. Isso afeta na qualidade. Nós estamos aproveitando a crise para crescer. Há mais oferta de espaços e mão de obra qualificada. Investimos em uma nova fábrica em Ponta Grossa com moderna tecnologia para produção de hambúrgueres e não cortamos investimentos em qualidade”, diz Durski.