O Paraná apresentou o menor crescimento com relação ao número de trabalhadores contratados com carteira assinada pela indústria. O levantamento foi feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e comparou dados de 2009 e agosto de 2010 em 14 regiões. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (8).

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O emprego na indústria do Paraná com carteira assinada cresceu 1,7% no referido período. Esse índice ficou abaixo da média nacional, que registrou crescimento de 5,2%. No acumulado do ano o crescimento do Paraná foi de 0,7%, também o menor entre os pesquisados.

A assessoria de imprensa do IBGE informou que os setores que mais contribuíram para o baixo crescimento foram o de alimento e bebidas e o de petróleo e álcool, que tiveram, respectivamente, queda de 4,4% e 21,8%. Segundo o IBGE, mesmo a queda sendo menor, o impacto do setor de alimentos é o que tem maior peso no Paraná.

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Além disso, o instituto afirmou que pode haver relação do crescimento baixo de empregos com a questão da queda na produção industrial no Paraná. Uma pesquisa do órgão divulgada na quarta-feira dava conta que a o Paraná registrou queda de 7,22% - a maior do país - na produção industrial de agosto em comparação ao mês de julho. O órgão informou que o principal motivo para a redução da produção foi a parada técnica da Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), localizada em Araucária, na região metropolitana de Curitiba.

Com relação ao setor petróleo e álcool, o IBGE informou que a entressafra do álcool contribui mais para o baixo crescimento de contratações e a queda da produção industrial no estado do que a paralisação técnica na Repar.

O levantamento do IBGE sobre a carteira assinada pesquisou as regiões Norte e Centro-Oeste, Nordeste e os estados do Espírito Santo, Rio Grande do Sul, Pernambuco, Rio de Janeiro, Ceará, Bahia, Santa Catarina, Minas Gerais e São Paulo, além do Paraná.

Entre as regiões pesquisadas, o Espírito Santo apresentou a maior elevação do número de contratações com carteira assinada na indústria. O crescimento em agosto de 2010 foi de 9,9% em comparação com o mesmo mês do ano anterior.

Agosto

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O emprego na indústria brasileira registrou crescimento de 0,1% em agosto, em relação ao mês anterior, sem influências sazonais, segundo indica a Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário (PIMES) divulgada nesta sexta-feira (8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na comparação mensal, essa é a oitava alta consecutiva. Sobre o mesmo período do ano passado, o aumento foi de 5,2%.