A atividade industrial paranaense recuou 2,7% no mês de setembro. O resultado é o terceiro pior registrado nas 14 áreas pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O Paraná fica na frente apenas de São Paulo (-2,7%) e Goiás (-7,2%). No acumulado do ano, a situação é ainda mais alarmante: o estado cai para a última posição, com recuo de 3,6%.
Em setembro, a produção industrial caiu em relação a agosto em oito das 14 regiões pesquisadas, segundo o estudo divulgado nesta sexta-feira (10). Sofreram queda o Nordeste (-0,1%), Amazonas (-0,2%), Bahia (0,4), Pará (-0,7%) e Rio de Janeiro (-2%). A média nacional do mês ficou em 1,4%.
Seis estados avançaram em setembro: Espírito Santo (9,9%), Pernambuco (3,1%), Rio Grande do Sul (2,4%), Minas Gerais (0,5%), Ceará (0,3%) e Santa Catarina (0,2%).
Em relação a setembro do ano passado, a atividade industrial mostrou crescimento em 11 dos 14 locais pesquisados: Pará (13,7%), Espírito Santo (12,6%) e Ceará (10,8%) registraram as maiores expansões. Acima da média brasileira (1,3%) encontraram-se ainda Pernambuco (5,7%), região Nordeste (4,5%), Minas Gerais (4,2%), Amazonas (3,2%), Santa Catarina (3,0%), Bahia (3,0%) e Rio Grande do Sul (1,4%). São Paulo (0,7%) também teve taxa positiva, porém abaixo da média nacional. O Paraná teve o pior resultado, com queda de 8%. Outros estados com índice negativo foram Goiás (-1%) e Rio de Janeiro (-2,2%).
Acumulado
No acumulado do ano, segundo o IBGE, a produção das indústrias paranaenses teve queda de 3,6% em relação ao período entre janeiro e setembro de 2005. O estado aparece com o pior índice.
Onze locais cresceram no acumulado. Com destaque para a indústria do Pará, com expansão de 15,2%. Locais que ficaram acima da média nacional (2,7%): Ceará (8,3%), Espírito Santo (6,8%), Pernambuco (4,4%), Minas Gerais (4,2%), Bahia (4,2%), região Nordeste (3,6%) e São Paulo (3,4%).
Atividades no Paraná
Seis das 14 atividades pesquisadas tiveram taxas negativas no Paraná em relação a setembro de 2005. A maior queda foi de veículos automotores (-51,6%). Também contribuíram negativamente: madeira (-14,8%) e refino de petróleo e produção de álcool (-4,9%). As maiores influências positivas vieram de edição e impressão (19,3%) e de máquinas e equipamentos (16,8%).
No acumulado no ano, oito setores apresentaram queda. As maiores contribuições negativas vieram de veículos automotores (-22,2%), madeira (-13,1%) e produtos químicos (-6,3%). Por outro lado, a principal pressão positiva veio de alimentos (4,7%).
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