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Ranking

Paranaenses superam gaúchas em vendas

Confira o ranking das dez mais do Paraná |
Confira o ranking das dez mais do Paraná (Foto: )

As empresas paranaenses desbancaram as gaúchas em vendas em 2009, segundo o ranking 500 Maiores do Sul, elaborado pela revista Amanhã em parceria com a PricewaterhouseCoopers (PwC) e divulgado ontem. É a primeira vez que ocorre essa inversão em 20 anos de pesquisa.

As 100 maiores companhias do Paraná, mesmo com a crise, somaram uma receita de R$ 128,8 bilhões, praticamente a mesma do ano anterior. Em compensação, as empresas do Rio Grande do Sul tiveram queda de 13% no faturamento conjunto, que totalizou R$ 117,7 bilhões. Considerando-se todas as empresas do ranking, o Paraná somou faturamento de R$ 135,5 bilhões, contra R$ 130,7 bilhões do Rio Grande do Sul e R$ 85,5 bilhões de Santa Catarina.

O estado somou uma receita superior mesmo com um número de empresas (178) menor que o do Rio Grande do Sul (205) na lista da Amanhã. Enquanto os gaúchos sentiram os efeitos da crise sobre sua economia, principalmente sobre as exportações, os paranaenses sofreram menos a turbulência, com o resultado puxado por empresas voltadas para o mercado interno.

O ranking é elaborado a partir de balanços das empresas e tem como principal critério o Valor Ponderado de Grandeza (VPG), indicador criado pelos organizadores que combina patrimônio, com peso de 50%, receita (40%) e lucro (10%). Também sob esse parâmetro, o Paraná ficou na liderança do Sul, com VPG de R$ 87,4 bilhões, contra R$ 84,4 bilhões do Rio Grande do Sul.

Segundo o responsável pela PwC na Região Sul, Carlos Biedermann, também contribuiu para o resultado do estado o fraco desempenho da Gerdau, afetada pelos efeitos da crise nas suas operações internacionais, e a venda da Ipiranga, empresas gaúchas que deixaram o ranking. Mesmo com a piora no seu desempenho, a Gerdau se manteve como a maior empresa do Sul.

"O Paraná, ao contrário do Rio Grande do Sul, não teve nenhum fato negativo de impacto", diz. De acordo com ele, a cada ano o estado vem ganhando posições e destaque nos indicadores da pesquisa, que apura ainda rentabilidade e o nível de endividamento das empresas.

A maior

Segundo o ranking, a companhia de telecomunicações Vivo se manteve na primeira colocação entre as maiores do Paraná. A operadora passou à margem da crise global e conseguiu aumentar a sua receita bruta em 3%, alcançando R$ 20,5 bilhões. Apesar disso, perdeu para a BRF Brasil Foods (fruto da fusão da Sadia com a Perdigão) o posto de segunda maior empresa do Sul.

Com faturamento de R$ 15,9 bilhões, o HSBC ficou na segunda posição no Paraná. O banco aproveitou a reabertura das torneiras do crédito no Brasil para encorpar suas vendas em 7,7%. Com crescimento de 5,92% na receita, beneficiada pelo reaquecimento da economia, a Copel ficou em terceiro lugar. Outro destaque deste ano foi a América Latina Logística (ALL), que ganhou quatro posições no ranking estadual e trocou de lugar com a Itaipu Binacional.

Entre as dez maiores empresas do Paraná, o setor com maior número de representantes é o de serviços: Vivo, GVT, Copel, Itaipu Binacional e ALL, que presta serviços de logística e transporte e ficou na 4.ª posição.

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