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Combustível

Parceria Vale-Embrapa vai de biodiesel a capacitação na África

A Vale e a Embrapa iniciam nessa terça-feira (26) uma parceira de pesquisa, desenvolvimento e transferência tecnológica que vai se estender a outros países, auxiliando a mineradora em seus projetos na África, informou o presidente do Instituto Vale de Tecnologia (ITV), Luiz Mello.

"A Embrapa também está na África e será fundamental seu apoio na área de capacitação", disse Mello à Reuters antes da assinatura do acordo em Brasília.

"Em Moçambique, onde estamos com carvão, a população teve que ser reassentada e tem uma atividade de subsistência primária, a Embrapa pode ajudar nisso", completou.

Mas a parceria também vai se dedicar a avanços em áreas como biodiesel, que começará a ser produzido pela Vale em 2014, com volume estimado de 6 a 7 mil litros por hectare.

Hoje a empresa tem 10 mil hectares plantados com dendezeiros (palma) no Pará e pretende atingir 30 mil hectares, para uma produção de cerca de 500 mil toneladas do biocombustível até 2019.

"Estamos considerando o uso do dendê (óleo de palma)...a parceria com a Embrapa é para trabalhar a melhora genética do dendê", informou Mello.

A Vale usa biodiesel nas suas locomotivas, na proporção de 3 por cento por litro de diesel (B3), mas pretende chegar a 20 por cento em 2014.

Outra vantagem da parceria será a utilização dos laboratórios da Embrapa --enquanto a Vale constrói seus três centros de pesquisa--, para desenvolver processos como sequestro de carbono e fertilizantes alternativos.

"A idéia é utilizar microorganismo para capacitar terras que não são muito férteis", disse Mello, explicando que os estudos visam a utilização de microorganismos na disponibilização de nitrogênio e fosfato, uma técnica nova que ainda está sendo desenvolvida.

De acordo com Mello, a atuaçao conjunta também vai pesquisar um assunto rotineiro para a Vale, que são os fechamentos de minas, em busca de soluções mais eficientes.

"Na hora do plano de lavra você tem que integrar o plano de fechamento de mina, isso geralmente implica em cobertura vegetal, não se dá de forma mágica, você tem que recompor a vegetação e isso usa muita tecnologia", avaliou o executivo.

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