O Parlamento do Chipre rejeitou nesta terça-feira (19) a proposta de uma taxa sobre os depósitos bancários no país, uma das medidas que seriam usadas para custear a economia de 5,8 bilhões de euros (R$ 15 bilhões) pedida pelos credores internacionais para conceder um resgate de 10 bilhões de euros (R$ 26 bilhões).

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A medida foi recusada por 36 dos 56 parlamentares do país, dentre eles 26 opositores e dez governistas. Os outros 19 aliados da administração atual se abstiveram, seguindo orientação do partido. Não houve votos favoráveis.

O anúncio do imposto provocou uma corrida aos bancos para sacar os depósitos sujeitos ao tributo. Devido à preocupação com a retirada em massa, o governo local decretou feriado bancário até quinta-feira. Além dos bancos, a bolsa de valores local não opera durante esses dias.

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Diante do efeito negativo nos mercados e entre os cidadãos, o governo do Chipre estudou isentar de imposto os poupadores com menos de 20 mil (R$ 56 mil) em conta. As taxas seriam de 6,75% para depósitos entre 20 mil euros e 100 mil (R$ 260 mil) e de 9,9% acima de 100 mil euros. Inicialmente, a intenção era cobrar os 6,75% também dos pequenos poupadores. No entanto, o governo estimava desde o início que não seria possível aprovar a medida.