O Parlamento da Grécia aprovou nesta quarta-feira (19) de forma preliminar as novas medidas de austeridade que o Governo deve aplicar para receber um novo lance de resgate financeiro dos credores internacionais para evitar a moratória.
A medida foi aprovada por 154 votos a favor e 141 contra, dos 295 deputados presentes no Parlamento.
A votação desta quarta-feira é uma prévia da definitiva, que será realizada nesta quinta-feira (20), quando o projeto de lei será votado artigo por artigo. A sessão desta quarta permite saber o nível de apoio do Governo socialista de Giorgos Papandreou, que conta com apertada maioria de 154 deputados, do total de 300 no Legislativo.
Alguns deputados do partido governista Movimento Socialista Pan-Helênico (Pasok) discordaram dos cortes. Por isso, Papandreou convocou um Conselho de Ministros extraordinário prévio à votação definitiva de quinta-feira para harmonizar a legenda e obter unidade.
As novas medidas preveem enviar 30 mil funcionários públicos para a reserva até o fim do ano e promover cortes adicionais em salários públicos e nas aposentadorias e pensões, além de impor restrições aos direitos dos servidores sujeitos a contratos coletivos e uma redução do salário mínimo para 500 euros.
O que está em jogo é um lote de empréstimo de 8 bilhões de euros por parte da zona do euro e do Fundo Monetário Internacional (FMI), essencial para a Grécia nas próximas semanas, já que o país só tem liquidez até meados de novembro.
A Grécia viveu nesta quarta-feira um dos maiores protestos das últimas décadas na primeira jornada de uma greve geral de 48 horas contra as políticas de austeridade do Governo. A mobilização popular resultou em distúrbios em Atenas e em outras cidades.
Os confrontos em Atenas entre radicais e policiais deixaram 21 pessoas levemente feridas, 15 delas policiais, todos atendidos pelos serviços de emergência. A Polícia deteve 25 pessoas.
Segundo os sindicatos, o protesto na capital contou com 120 mil manifestantes, mas a Polícia rebaixa a participação para 70 mil pessoas.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
Deputados da base governista pressionam Lira a arquivar anistia após indiciamento de Bolsonaro
A gestão pública, um pouco menos engessada
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast