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Parte das medidas para viabilizar o carro popular deve ficar para 2024 por causa das regras fiscais, segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Parte das medidas para viabilizar o carro popular deve ficar para 2024 por causa das regras fiscais, segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.| Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

Parte das medidas estudadas pelo governo federal para ajudar a indústria automotiva e reduzir o preço de automóveis, permitindo a volta dos chamados "carros populares", deve ficar para o ano que vem. A afirmação é do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que debateu o assunto com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) no fim da manhã desta quarta-feira (24).

"Nós discutimos várias possibilidades, mas tem coisas que só dá para fazer ano que vem. Pode até ser anunciado, mas só dá pra fazer ano que vem em virtude das regras fiscais", disse Haddad antes do encontro.

O ministro manteve o tom na saída da reunião. "A gente apresentou para o presidente algumas possibilidades de medida de estímulo à indústria. Agora a decisão é dele", afirmou. Haddad disse acreditar que as medidas serão anunciadas nesta quinta-feira (25), Dia da Indústria, conforme antecipado por Alckmin na semana passada. "Mas eu não sei se vai dar tempo de processar [as medidas]", avisou.

Questionado se haverá benefícios fiscais para montadoras, o titular da Fazenda não quis antecipar quais serão os incentivos, ressaltando em em seguida que o programa foi desenhado por Alckmin, que também é ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.

A concessão de novas desonerações tributárias contraria o discurso de Haddad, que desde o início do governo defende uma redução nesse tipo de benefício.

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