O partido socialista grego PASOK se uniu à oposição neste domingo (16) afirmando que não apoiará o primeiro-ministro Alexis Tsipras se ele convocar um voto de confiança após uma rebelião no partido governista sobre um novo acordo de resgate.

CARREGANDO :)

Tsipras teve de se apoiar em grupos da oposição incluindo o PASOK para ganhar maioria parlamentar na sexta-feira em favor do programa de resgate de 86 bilhões de euros, o terceiro fechado com credores internacionais desde 2010.

O primeiro-ministro sofreu a maior rebelião entre parlamentares anti-resgate em seu partido Syriza, forçando-o a considerar convocar um voto de confiança para pavimentar o caminho a uma antecipação das eleições em caso de derrota.

Publicidade

O PASOK deixou claro que enquanto apoiou o governo no resgate para salvar a Grécia da bancarrota, esse apoio não se estenderá a qualquer voto de confiança nas próximas semanas.

O partido culpou Tsipras e Panos Kammenos, que lidera seu parceiro menor no governo de coalizão, pelo fato de a Grécia ter de tomar um novo empréstimo com duras medidas de austeridade como condição exigida pela zona do euro e pelo Fundo Monetário Internacional (FMI).

“O governo assinou o terceiro e mais oneroso resgate. Todas as consequências negativas para o país e seus cidadãos têm as assinaturas de Tsipras e Kammenos”, disse o partido em comunicado. “Não temos confiança no governo Tsipras-Kammenos e é claro que não daremos (o voto de confiança) caso peçam.”

O PASOK, que já foi o partido dominante na esquerda grega, agora tem apenas 13 dos 300 assentos no parlamento, mas Tsipras precisa de todo o apoio que conseguir. De fato, o partido não disse se votaria contra o governo ou se absteria.

Publicidade