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Comércio

Páscoa eleva inflação de pescados

Peixaria no Mercado Municipal: período da Semana Santa é o campeão em vendas | Rodolfo Bührer/ Gazeta do Povo
Peixaria no Mercado Municipal: período da Semana Santa é o campeão em vendas (Foto: Rodolfo Bührer/ Gazeta do Povo)

A chegada da Semana Santa – período em que os cristãos tradicionalmente substituem o consumo de carne vermelha por peixe – provocou uma disparada no preço dos pescados. Pesquisa da Fundação Getulio Vargas (FGV) aponta que houve um reajuste de 2,77% nos peixes no último mês, enquanto a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC) ficou em 0,87%. Os preços dos pescados, portanto, subiram em velocidade três vezes superior à inflação.A pescadinha foi o item que sofreu o maior reajuste no período, com alta de 25% no preço do quilo em apenas um mês. O surubim e o pintado também apresentaram forte elevação: saíram de uma deflação de -1,09% em fevereiro, para um aumento de 8,75% nas últimas quatro semanas. Já o quilo do filé de merluza subiu 8,5%.

Os preços mais altos chegam bem na época de maior movimento nas peixarias. Na tarde de ontem, a fila era grande nas peixarias do Mercado Municipal de Curitiba e algumas espécies de peixes já haviam acabado. A dona de casa Teresa Fernandes não encontrou a pescada que queria e acabou levando postas de cação. "Está caro, mesmo assim não dá para ficar sem um peixinho na Sexta-Feria Santa. É tradição", explica.

"A semana que precede a páscoa é considerada o Natal das peixarias", comemora Kielvin Alberti, proprietário de uma banca de peixes no mercado. Segundo ele, seriam vendidas 4 toneladas de peixe fresco entre ontem e hoje.

Já nas redes de supermercados, o movimento foi acima do esperado. Nos supermercados da rede BIG, do grupo Walmart, a venda de peixes e derivados superou em 20% às do mesmo período do ano passado. Já o grupo Pão de Açúcar espera vender até hoje 60% de todo volume de pescados negociados para a Páscoa. A rede, que também opera a bandeira Extra, fez encomendas 45% superiores às do ano passado.

Chocolate

Quem deixou para comprar os ovos de chocolate na última hora sentiu dificuldade para encontrar algumas variedades. Este foi o caso do funcionário público Luiz Antonio Camargo, que foi às compras na tarde de ontem em um supermercado no bairro Alto da XV, em Curitiba. "Aqui está tudo mais caro, mas nos supermercados mais baratos já não havia mais nada", conta.

Já a policial militar Ana Pires pesquisou muito para economizar. Ela conta que percorreu seis supermercados, comparando as ofertas de cada um. "Dá trabalho mas vou economizar uns 60% do que havia previsto gastar. Um ovo que aqui custa R$ 9 estava sendo vendido por R$ 18 em outro supermercado", conta.

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