Saguão do Aeroporto Afonso Pena: foi bem mais barato viajar no ano passado| Foto: Ivonaldo Alexandre/ Gazeta do Povo

A tarifa aérea média doméstica acumulada de janeiro a dezembro de 2011 ficou em R$ 276,25 (em valores atualizados pelo IPCA), valor 6,8% menor que o apurado em igual período de 2010, quando a média foi de R$ 296,33.

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O yield tarifa aérea média doméstica (valor médio que cada passageiro paga para voar um quilômetro em território nacional) ficou em R$ 0,3493 no ano passado, resultado 10,3% menor na comparação com os R$ 0,3895 apurados no mesmo intervalo do ano anterior, segundo dados do "Relatório de Tarifas Aéreas", publicado ontem pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

Em dezembro de 2011, a tarifa aérea média doméstica (indicador que representa o valor médio pago pelo passageiro por uma viagem aérea em território brasileiro) foi de R$ 316,28, valor 0,15% inferior ao de dezembro de 2010. Na comparação com novembro, houve redução de 2,35%. O valor apurado em dezembro de 2011 representou menos da metade do valor pago pelo passageiro há nove anos, segundo a Anac.

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O yield tarifa aérea doméstica (valor médio que o passageiro paga para voar um quilômetro em território nacional) foi de R$ 0,3811 em dezembro de 2011, valor 0,33% menor que o de dezembro de 2010 e 5,97% inferior em relação a novembro de 2011. Quando comparado com dezembro de 2002, nota-se que o passageiro pagou aproximadamente 36%, praticamente um terço do que pagava nove anos antes para voar um quilômetro.

Perspectivas

Para este ano e o próximo, a perspectiva dos analistas do setor aéreo vai no sentido contrário ao do balanço da Anac: redução de grandes ofertas e promoções e consequente aumento das tarifas aéreas.

Diante do aumento de custos, a competição via concorrência de preços estaria chegando ao seu limite. Entre os principais desafios estaria a absorção do aumento do preço do combustível, que cresceu 33,5% em 2011, segundo dados do Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias, e já consome entre 30% e 40% das receitas das companhias aéreas brasileiras contra entre 20% e 30% das empresas americanas como um todo.

O setor aéreo como um todo não vai bem no Brasil. Conforme mostrou a Gazeta do Povo ainda em junho deste ano, pelos anuários estatísticos da Anac, entre 2006 e 2010 os resultados de voo do setor – que surgem da diferença entre a receita e a despesa das operações – têm sido negativos. A forte apreciação do dólar, que vem ocorrendo desde o ano passado, também pressiona as contas das companhias.

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