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mercado de shoppings

Pátio inaugura com varejo em baixa

Pátio Batel tem como estratégia para chamar a atenção dos clientes as suas novidades: das 200 operações confirmadas, 60 são inéditas no Sul do país | Henry Milleo/ Gazeta do Povo
Pátio Batel tem como estratégia para chamar a atenção dos clientes as suas novidades: das 200 operações confirmadas, 60 são inéditas no Sul do país (Foto: Henry Milleo/ Gazeta do Povo)
Marc Sjostedt, diretor geral da Louis Vuitton para o Brasil, Chile e Uruguai |

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Marc Sjostedt, diretor geral da Louis Vuitton para o Brasil, Chile e Uruguai

Exatamente um ano após a primeira data prevista para inauguração, o Pátio Batel abre as portas nesta terça-feira em um momento de desaceleração do consumo e de pessimismo entre os varejistas. As vendas em shoppings fecharam o semestre com crescimento de 8%, o menor percentual dos últimos dois anos, segundo dados da Associação Brasileira de Shoppings Centers (Abrasce). O índice é menor que o obtido no mesmo período de 2012 (10,8%) e 2011 (11,7%).

Apesar do cenário desfavorável, o Grupo Soifer, dono do empreendimento, está otimista com a entrada no mercado. O superintendente do shopping, Michel Sarraff, acredita que a data é bastante oportuna pela proximidade do Natal e aposta na novidade para atrair o público. "Das 200 operações confirmadas, 60 são inéditas no Sul do país. Além disso, o último empreendimento do porte do Pátio Batel em Curitiba foi inaugurado há cinco anos", diz Sarraff, referindo-se ao Shopping Palladium.

Tradicionalmente o segundo semestre é sempre melhor para o varejo, mas este ano a expectativa dos lojistas de shoppings é bastante conservadora, afirma o presidente Sindishopping de Curitiba Erico Mórbis. "Tivemos um primeiro semestre rigoroso, com o crescimento compensando apenas a inflação do período. O Dia das Mães foi o pior dos últimos cinco anos", diz ele. A projeção inicial de crescer 8% em 2013 já ficou para trás – setor espera por aumento de, no máximo, 2%.

A economia brasileira não está recessiva, porém, também não está entusiasmada, avalia Mórbis. Os empresários estão sendo desafiados a se prepararem para reduzir a margem de lucro. Apesar do Dia dos Pais, o mês de agosto terminou fraco, com pequena elevação das vendas em setores específicos como perfumaria, telefonia e vestuário, com ticket médio baixo. Essa situação pode, inclusive, comprometer o volume de contratações para o final do ano.

Sacudida no mercado

O Pátio Batel é o 12.º shopping de Curitiba e vai estrear com 80% das operações concluídas. Uma das principais atrações, o cinema, da rede mexicana Cinépolis, deve ser inaugurado somente em novembro. A expectativa é que o empreendimento esteja 100% finalizado até o Natal. O shop­ping vai empregar cerca de três mil pessoas, 500 delas trabalhando diretamente na administração.

De acordo com o presidente do Sindishopping, a chegada de um novo empreendimento sempre sacode o mercado, fazendo com que a concorrência invista na melhoria dos serviços, operações e ações promocionais para atrair o consumidor. Aos poucos, o mercado vai se ajustando e cada empreendimento encontra o seu espaço. Segundo Sarraff, a expectativa é que o Pátio Batel leve aproximadamente cinco anos para estabilizar o fluxo de público.

Entrevista

Louis Vuitton, a queridinha dos brasileiros, chega a Curitiba

Marc Sjostedt, diretor geral da Louis Vuitton para o Brasil, Chile e Uruguai

Com 150 anos de história – 24 deles no Brasil – a grife francesa Louis Vuitton caiu no gosto dos consumidores brasileiros do segmento de luxo. Em 2009, uma pesquisa da consultoria MCF já mostrava que a marca de luxo era a preferida dos brasileiros, que hoje figuram na lista dos 10 maiores compradores da rede no mundo. Ao todo, são 463 lojas em 63 países. Prestes a inaugurar a primeira loja na região Sul e a sétima do país, no Pátio Batel, o diretor geral da Louis Vuitton para o Brasil, Chile e Uruguai, Marc Sjostedt, falou com a Gazeta do Povo sobre a nova operação.

O que trouxe a Louis Vuitton para Curitiba?

O Brasil está alcançando o sucesso que esperávamos e isso traz novas perspectivas em outras cidades. Sempre víamos nas nossas lojas em São Paulo uma forte clientela curitibana. Outro ponto importante foi à qualidade do empreendimento Pátio Batel. Fizemos os primeiros contatos há três anos e desde então passamos bastante tempo viajando para Curitiba para entender o cliente. A loja no Pátio Batel será a primeira no Sul do Brasil, marcando uma importante expansão para alcançar novos clientes, não apenas em Curitiba, mas em seu entorno, incluindo cidades de Santa Catarina.

Qual a relação da grife com o consumidor brasileiro?

É uma história de 25 anos. A Louis Vuitton foi pioneira do segmento de luxo a vir para o Brasil. O fato de os brasileiros estarem viajando mais para os Estados Unidos e à Europa, também contribuiu para aumentar o conhecimento da marca.

Como a marca vê o consumidor brasileiro?É um mercado consumidor que amadureceu muito nos últimos cinco anos. A clientela brasileira conhece os produtos de moda e do segmento de luxo. Além disso, os brasileiros viajam muito e estão sempre atentos às novidades.

E os profissionais que vão trabalhar na loja de Curitiba?

Antes de tudo, procuramos profissionais com identificação e paixão pela marca. O conteúdo específico da marca nós conseguimos transmitir por meio de treinamentos. A nossa equipe curitibana é formada por 15 pessoas e passou por seis meses de treinamento para garantir um atendimento no mesmo nível das outras lojas no mundo todo.

No início de agosto, a Louis Vuitton inaugurou sua loja online no Brasil. Porque a opção pelo e-commerce?

Nós temos lojas únicas que proporcionam aos nossos clientes a sofisticação Louis Vuitton na experiência de compra em quatro cidades brasileiras, mas acreditamos que chegou a hora de expandir. O Brasil é o quinto maior mercado de internet no mundo, onde 40% da população se conectam regularmente à internet. Foi uma decisão quase natural estender nossos serviços para o mundo virtual e atender aos novos clientes de cidades importantes para a marca, como Belo Horizonte, Recife e Porto Alegre, por exemplo.

O consumidor de luxo gosta de exclusividade. Como a marca lida com a pirataria?

Temos uma equipe mundial que luta contra isso tentando limitar esse problema de cópias em todo o mundo. Nós investimos muito dinheiro para limitar o avanço da pirataria. Por outro lado, as cópias não deixam de ser um atestado de sucesso da marca, afinal, só se copia aquilo que é bom e realmente tem valor.

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