O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, disse neste domingo (5), em Curitiba, que o governo não tem nenhuma intenção de interferir na questão cambial para conter a alta do dólar depois da crise financeira nos Estados Unidos. "Achamos que a forma mais prudente de tratar a questão é manter o dólar flutuando", acentuou. "O governo não interferiu no câmbio quando o dólar estava se desmilingüindo, quase batendo em R$ 1,50, e não vemos nenhuma razão para interferir agora que subiu um pouco.
Segundo ele, as reclamações são vistas de uma forma bastante normal pelo governo. "Sempre dá uma reclamação, quando diminui muito, dos exportadores, e quando aumenta, dos importadores", disse. "O Banco Central atua no mercado e aumenta a oferta quando escasseia, ou compra dólares quando há excesso, mas não temos condições de fixar seu valor, até porque isso já foi desastroso no passado.
Bernardo ressaltou que a orientação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é que haja um acompanhamento diário da crise, com pelo menos uma reunião semanal. "Trabalhamos para que (a crise) não chegue aqui ou, se chegar, que a gente minimize os efeitos", salientou. Segundo ele, os créditos oferecidos a alguns setores fazem parte dessa orientação. "Queremos que a economia continue crescendo, queremos ter um bom final de ano, um bom natal, e temos condições de continuar crescendo em 2009, ainda que seja um pouco menor que este ano, quando cresceremos mais de 5,5%", afirmou.
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