O ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Paulo Bernardo, disse nesta quarta-feira que o governo está decidido a atuar fortemente contra a inflação.

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"A ordem do governo é bater bem na inflação, não queremos de forma alguma que a inflação seja um problema", afirmou o ministro durante teleconferência com a imprensa estrangeira para discutir oportunidades de investimento no Programa de Aceleração do Crescimento 2.

Segundo Paulo Bernardo, a inflação em janeiro e fevereiro veio acima do esperado pelo governo, em parte por conta de problemas climáticos, como enchentes. A expectativa para os próximos meses, contudo, é de "índices mais comportados".

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O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulou alta de 1,54 por cento no primeiro bimestre do ano. A expectativa de analistas é que em março o indicador aponte alta de 0,5 por cento, segundo sondagem da Reuters.

O Banco Central prevê que o IPCA fechará o ano em 5,2 por cento, acima do centro da meta de inflação, de 4,5 por cento.

Paulo Bernardo disse, ainda, que a recuperação do crescimento econômico este ano impõe a necessidade de elevação dos investimentos.

"Temos a expectativa com o PAC de, através dos investimentos públicos, estimular também os investimentos privados", afirmou o ministro.

Ele acrescentou que em 2009, o investimento público, incluindo recursos orçamentários e de estatais, superou 4 por cento do Produto Interno Bruto.

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Os investimentos públicos e privados no Programa de Aceleração do Crescimento entre 2007 e 2009 ultrapassaram 400 bilhões de reais.

Tragédia no Rio

As fortes enchentes ocorridas no Rio de Janeiro esta semana não colocarão em xeque a realização da Copa de 2014 ou das Olimpíadas de 2016, afirmou Paulo Bernardo.

Ele disse que o governo fará todas as obras de infraestrutura necessárias aos eventos, incluindo obras de contenção de encostas.

"Não temos nenhuma preocupação maior com esse tipo de evento durante a Copa ou durante as Olimpíadas porque elas ocorrem fora do período de chuvas", acrescentou.

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Segundo o ministro, ainda não há uma estimativa oficial do impacto que as enchentes, que deixaram pelo menos 100 mortos, terá sobre o crescimento econômico da cidade. Não há, tampouco, um cálculo dos gastos federais que serão necessários para contribuir com ações de emergência.