A quebra do banco americano Wachovia, sexto maior banco em ativos do Estados Unidos, teria representado uma ameaça séria aos mercados financeiros, disse nesta segunda-feira (29) o secretário do Tesouro dos EUA, Henry Paulson, que elogiou a participação da agência federal que garante os depósitos bancários (FDIC, na sigla em inglês) na venda das operações bancárias da instituição para o Citigroup, o quarto maior banco do mundo em valor de mercado. "Eu concordo com o FDIC e o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) de que a quebra do Wachovia representaria um risco sistêmico.
Paulson disse também que as autoridades federais estão preparadas para agir conforme necessário para proteger o sistema financeiro e a economia geral, no meio desse período de estresse nos mercados. "Eu elogio a ação tomada pela (presidente do FDIC) Sheila Bair hoje, para facilitar a venda do Wachovia Bank para o Citigroup, em uma operação para mitigar potenciais quebras no mercado", disse Paulson, em comunicado.
Paulson disse que todos os depositantes do Wachovia serão protegidos e a dívida sênior e subordinada da instituição será assumida pelo Citigroup.
O Citigroup concordou em adquirir as operações bancárias do Wachovia Corp, em outro acordo orquestrado pelo governo federal dos Estados Unidos, desta vez pela FDIC. A entidade informou que o acordo foi fechado também com colaboração do Fed. O FDIC estabeleceu com o Citigroup um acordo de compartilhamento de perdas em empréstimos previamente identificados do Wachovia, no qual o Citi irá absorver até US$ 42 bilhões de perdas na carteira de US$ 312 bilhões de empréstimos. O FDIC irá assumir qualquer valor que superar isso. O Citi concordou em adquirir as operações bancárias do Wachovia, sem incluir a divisão da corretora A.G. Edwards e a Evergreen Investments.