O presidente da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, Guilherme Campos, acredita que “até a semana que vem” será possível anunciar o plano de demissão incentivada para os servidores da estatal. Segundo Campos, 13 mil funcionários estariam em condições de aderir à saída voluntária da empresa, mas ele acredita que entre seis e oito mil deixarão os Correios. Segundo Guilherme Campos, todo o trabalho de preparo do plano foi concluído e a proposta “está na fase final de autorização”.
Guilherme Campos explicou que o plano tem foco naqueles que já têm idade de aposentadoria ou já estão aposentados pelo INSS. Informou ainda que o plano prevê complementação salarial a ser paga durante oito anos ao servidores que aceitarem se desligar da empresa.
Questionado sobre o prejuízo da estatal este ano, o presidente dos Correios disse que este valor ainda está sendo calculado, mas que deve repetir a perda calculada em 2015, que foi da ordem de R$ 2,1 bilhões. Ressalvou, no entanto, que, com medidas a serem ainda adotadas e as já em andamento, a partir do ano que vem este prejuízo será revertido. “Este ano, o prejuízo ainda não foi apurado, mas deve ficar também na casa dos R$ 2 bilhões”, afirmou, acrescentando que “com todas as medidas executadas esperamos já em 2017 reverter esse cenário e apresentar resultado muito mais positivo”.
As declarações do presidente dos Correios foram dadas após cerimônia no Palácio do Planalto, de entrega de presentes a crianças que escreveram cartas ao Papai Noel. A solenidade contou com a presença do presidente Michel Temer e da primeira dama, Marcela Temer.
De acordo com informações obtidas pelo jornal, os Correios estimam que, se for bem-sucedido, o PDV trará economia de R$ 850 milhões a R$ 1 bilhão por ano para a estatal. A estatal tem como foco funcionários com mais de 55 anos, aposentados ou com tempo de serviço para requerer a aposentaria. Segundo os dados da empresa, os funcionários nessa faixa etária representam pouco mais de 15% dos 117,4 mil empregados.
Para incentivar a adesão ao plano, a ideia é que a empresa ofereça uma espécie de “salário-demissão”. Os funcionários que aderirem ao programa vão receber uma parcela do salário por oito anos. O porcentual ainda não está fechado, mas a expectativa é que fique em torno de 35% para a adesão dos funcionários mais velhos, a partir de 58 anos. A partir daí, o porcentual iria caindo.
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