O pecuarista André Carioba, dono da Fazenda Cachoeira, admite a possibilidade de acordo para permitir o sacrifício sanitário do seu rebanho. Questionado sobre a possibilidade de retirar a ação e tornar nulo o efeito da liminar que impede a medida, ele disse que sempre esteve aberto à negociação. Porém, afirma que depois da decisão judicial, nenhuma autoridade ou técnico, estadual ou federal, o procurou para discutir o assunto.
O advogado de Carioba, Ricardo Rocha Pereira, contribuiu para que outro cliente seu, o londrinense João Turquino, fizesse acordo com o governo sul-matogrossense, desistindo da liminar que impedia o sacrifício dos 1.075 animais da Fazenda Bonanza, em Eldorado. Com isso, aquele estado pôde iniciar o processo para retomar as exportações de carne.
Por outro lado, Carioba disse que, na próxima semana, vai entrar com um pedido para que a Justiça determine a realização de novos exames de sorologia nos animais que, segundo o Ministério da Agricultura, estariam doentes. Na expectativa que os resultados sejam negativos, nessa mesma petição o advogado solicitará autorização para o abate comercial do rebanho, de acordo com as regras sanitárias e de mercado adotadas em situações normais, quando não existe o registro de aftosa.
Carioba reconhece que, assim como toda a cadeia produtiva, seu negócio também amarga prejuízos. Parte do rebanho da fazenda já atingiu o ponto de abate, quando a conversão de alimento em carne fica abaixo do ideal. O menor potencial de ganho de peso começa, então, a afetar o custo de produção.
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