As contas da União Europeia (UE) estão no vermelho. Dados oficiais mostram que o déficit na balança de pagamentos é de 63,2 bilhões de euros. Em um claro termômetro da crise, os pedidos industriais na zona do euro ainda sofrem queda de mais de 22% em 2008. Nos 27 países da União Europeia, a queda foi de 23,3%.
Segundo os dados oficiais da Comissão Europeia, os pedidos industriais no continente sofreram redução de 5,2% em dezembro. Para analistas, os números demonstram que a crise é profunda.
Novembro registrou a maior queda já identificada, com redução de 27,4% em comparação ao mesmo período do ano anterior. Máquinas, equipamentos e carros estão entre os principais setores afetados. Na Alemanha, a estimativa é que a crise no setor automotivo poderá causar redução de 1% no PIB.
O mercado espera que os números dos pedidos industriais reforcem a pressão para que o Banco Central Europeu (BCE) promova novo corte de taxas de juros, hoje em 2% ao ano. Na maior economia da Europa, a Alemanha, os pedidos sofreram queda de 9% em dezembro e de mais de 27% ao longo de 2008. Na França, a redução foi de 20,6% em um ano. No setor de transportes, a queda foi de 35,1%, incluindo veículos, barcos, trens e aviões. O segmento de máquinas e equipamentos sofreu uma redução de 25,8%. Em um ano, metais e minerais caíram 26,3%.
Quanto ao déficit, os números apresentam uma realidade diferente da que o bloco registrou em 2007, quando o superávit foi de 36,3 bilhões de euros. Segundo o Banco Central Europeu, 2008 registrou um buraco expressivo de 63,2 bilhões de euros. Apenas no mês de dezembro, o déficit chegou a 7,3 bilhões de euros, contra 13,9 bilhões de euros em novembro.
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