
Os pedidos de falência, em todo o país, tiveram alta de 16,4% no acumulado de 2015 em relação ao mesmo período de 2014, segundo a Boa Vista SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito). Em dezembro de 2015, o número de pedidos de falências recuou 25,9% na comparação com novembro e aumentou 1,4% em comparação com dezembro de 2014.
No acumulado de 2015, as falências decretadas subiram 16,7% em relação ao período equivalente do ano anterior. Na comparação interanual cresceram 5,6%, mas recuaram 46,2% ante o mês anterior.
Os pedidos de recuperação judicial e as recuperações judiciais deferidas, no acumulado do ano, também seguiram tendência de alta, registrando 51,0% e 39,3%, respectivamente.
Seguindo a tendência esperada pela Boa Vista SCPC, os indicadores de falências e recuperações judiciais encerraram 2015 em patamares superiores aos observados em 2014.
- A fraca atividade econômica e os elevados custos dificultaram a geração de caixa das empresas, que viram a tomada de crédito como uma possível solução. Entretanto, a restrição e o encarecimento do crédito às empresas agravaram ainda mais a situação, levando a piora destes indicadores. Em 2016, os indicadores devem conservar a tendência observada ao longo de 2015 - informa a Boa Vista.
As pequenas empresas, por exemplo, representam cerca de 83% dos pedidos de falências e 91% das falências decretadas. Tanto nos pedidos de recuperação judicial como nas recuperações judiciais deferidas, as pequenas empresas também correspondem ao maior percentual, 90% e 89%, respectivamente.
Na divisão por setor da economia, o setor de serviços foi o que representou mais casos nos pedidos de falência (41%), seguido do setor industrial (35%) e do comércio (24%).