O crescimento das importações a taxas mais elevadas do que as exportações já está se refletindo no saldo comercial. A queda do superávit da terceira para a quarta semana de maio, de US$ 433 milhões para US$ 392 milhões, fez com que, pela primeira vez no ano, o resultado acumulado em 2006 fosse menor do que em 2005: US$ 15,214 bilhões contra US$ 15,429 bilhões no ano passado. No mês, há um saldo positivo de US$ 2,776 bilhões, enquanto em maio de 2005 a diferença entre as vendas e as compras externas era de US$ 3,449 bilhões.

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Os técnicos da área de comércio exterior do governo lembraram, porém, que o mês atual ainda não foi fechado (falta a apuração entre os dias 29 e 31) e, portanto, ainda é cedo para se dizer que a seqüência de superávits mensais começa a perder força. De qualquer modo, eles reconheceram que, com o contínuo crescimento da média diária importada - que só na semana passada foi de US$ 386,6 milhões, valor 26,6% maior do que o da terceira semana de maio - não deverá haver grandes surpresas nos números consolidados.

Em 2005, o saldo da balança comercial foi de US$ 44 bilhões,número que deverá ser reduzido em 2006. Enquanto a média diária importada subiu em relação à semana anterior, a média ex-portada, de US$ 465 milhões, teve uma queda de 2,2%. As exportações na semana passada totalizaram US$ 2,325 bilhões e as importações, US$ 1,933 bilhão. No mês, as vendas externas estão em US$ 8,983 bilhões e as compras no exterior, em US$ 6,207 bilhões.

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Além da valorização do real - que deixou as importações mais baratas e fez com que as exportações brasileiras se tornassem menos competitivas - um fator que pode ter influenciado o resultado da balança comercial é a greve dos funcionários da Receita Federal.

Porém, o Ministério do Desenvolvimento só vai se pronunciara respeito no fim desta semana, quando divulgar os númerosfechados relativos a maio.

Em relação a maio de 2005, as exportações registradas até agora tiveram um pequeno acréscimo de 1,1%, motivado pelo aumento das vendas de manufaturados, como químicos, óleos combustíveis, suco de laranja, motores e geradores elétricos.Frente a abril deste ano, houve uma queda de 13,2%, devido àredução dos embarques de todas as categorias de produtos:manufaturados, básicos e semi-manufaturados. Já as importações cresceram de 7,7% sobre maio de 2005, mas caíram 12,3%em comparação a abril.

A média diária das importações, assim como na semana passada, voltou a crescer e na quarta semana de maio, com US$ 386,6 bilhões, registrou o maior valor do mês. Já as exportações, a média diária de US$ 465 milhões se manteve praticamente estável à de semanas anteriores.

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