Pelo menos onze empresas manifestaram interesse em realizar os estudos para a nova concessão da Ponte Presidente Costa e Silva, a Ponte Rio-Niterói. A informação preliminar é do Ministério dos Transportes, que ainda não divulgou o número final de manifestações recebidas. As interessadas tinham até segunda-feira (10) para protocolar no ministério o pedido de autorização para realizar os estudos.
Além da atual concessionária da Ponte, a CCR, solicitaram autorização para estudar o trecho outras empresas que têm participado ativamente nos últimos leilões de concessão de rodovias, como a Invepar, a Odebrecht, a EcoRodovias e a Queiroz Galvão. Também estão na lista a Carioca Chistiani-Nielsen Engenharia e a Construtora Cowan. A Carioca, por exemplo, participou da disputa pela BR-163/MT e do aeroporto do Galeão, enquanto a Cowan participou do leilão da BR-050 (GO/MG).
Completam a lista a Empresa Global de Projetos (EGP), Planos Engenharia, Proficiente Construções, e a Estruturadora Brasileira de Projetos (EBP). Essa última, formada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e outros oito bancos, foi responsável pelos estudos que serviram como base para as concessões das rodovias concedidas no ano passado e também realizou estudos para as concessões dos aeroportos e de arrendamentos portuários, dentro do Programa de Investimento em Logística (PIL).
O ministério ainda deve analisar as solicitações antes de conceder as autorizações. As empresas que a conquistarem terão 120 dias corridos, contados da publicação da autorização, para apresentar os estudos à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). A intenção do governo é realizar o leilão para nova concessão da ponte ainda este ano, embora o contrato atual só termine no final de maio de 2015. E a julgar pelo interesse em realizar os estudos, a concorrência deve ser elevada.
Os estudos deverão contemplar análises sobre demanda, engenharia operação, impacto no meio ambiente, modelagem econômico-financeira, e terão de incluir a construção de uma via elevada de ligação da ponte com a Linha Vermelha e uma passagem inferior do tipo "mergulhão" em Niterói, além de outros investimentos que sejam considerados necessários. Estimativas iniciais apontam para investimentos da ordem de R$ 300 milhões nessas obras.
Elas chegaram a ser propostas pela concessionária atual, a CCR, mas a demora na assinatura do aditivo de contrato com o governo federal inviabilizou o projeto. O governo se propunha a pagar pelo investimento com recursos públicos ao final da concessão, mas o prazo ficou curto demais para a execução das obras, que levariam 20 meses.
O governo poderá usar diversos estudos para elaborar seu edital e não terá a obrigação de pagar por todos os estudos realizados. O ministro dos Transportes, César Borges, já indicou que a concessão da Ponte Rio-Niterói poderá ser onerosa, ou seja, o governo poderá cobrar um valor de outorga do novo concessionário. Ainda assim, ele acredita que a tarifa de pedágio, hoje em R$ 4,90 para veículos de passeio, poderá cair.
Uma fonte ligada à atual concessionária também garantiu que é possível cobrar uma tarifa menor e ainda assim garantir a rentabilidade da concessão.
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